João Noronha Lopes, um dos quatro candidatos à presidência do Benfica, continuou esta quinta-feira o roteiro por várias Casas do clube no Norte, tendo passado por Paredes, seguida de seguida para Fafe e terminado em Felgueiras. Foi aí que anunciou uma das promessas eleitorais, o regresso do “Comboio do Benfica”, que funcionou durante quatro épocas (2013/14 a 2017/18) em parceria com a CP antes de ser descontinuado. E o momento acabou por ser aproveitado para fazer uma crítica à política de contratações seguida por Luís Filipe Vieira, nomeadamente a contratação de Jhonder Cádiz, avançado do V. Setúbal que nunca chegou a jogar na Luz.

“Preciso do Benfica para o servir e não para me servir dele”. Em dia de jogo, Noronha Lopes inaugurou a sede de campanha

“Por menos de um Cádiz, negócio que até hoje nenhum benfiquista entende, vamos trazer de volta o comboio do Benfica. Vamos fazer dele um autêntico museu vivo e vamos pô-lo a correr este país e a voltar a trazer adeptos ao estádio!”, anunciou Noronha Lopes, aludindo ao venezuelano que foi contratado em 2018 ao V. Setúbal por três milhões de euros, tendo sido emprestado aos franceses do Dijon e, agora, aos americanos do Nashville SC.

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“Este projeto será uma materialização da ambição, do profissionalismo e do benfiquismo que queremos trazer para o clube. Mais do que um simples comboio, será um verdadeiro ícone benfiquista, um comboio que em dias de jogo gere animação e traga adeptos ao estádio, mas que nos restantes dias possa visitar diferentes pontos ao longo do país e receber visitas guiadas em parceria com Casas do Benfica e escolas locais”, acrescentou o gestor, num apelo ao reforço da comunhão entre a massa adepta e da identidade da família encarnada.

“Chegámos ao fim de um ciclo, de um modelo de liderança. O que prometo? Ambição, credibilidade e transparência”, diz Noronha Lopes

Antes, em Paredes, Noronha Lopes tinha recusado a possibilidade de avançar com treinadores ou jogadores num âmbito de campanha eleitoral. “Não vale tudo para ganhar as eleições. Não prometo treinadores, jogadores ou diretores desportivos. Já passou o tempo em que se fazia isso e se ganhavam eleições assim”, salientou o candidato, antes de reforçar mais uma vez o pedido a Vieira para que existam debates antes das eleições.

Noronha Lopes pergunta “do que foge Vieira?” e critica “silêncio ensurdecedor em relação a todo e qualquer tema”

“Gostava que todos os candidatos apresentassem os seus programas, que todos os sócios os conhecessem e depois os discutissem. E que fossem debatidos por todos os candidatos, na BTV e em todo o lado. É o que os adeptos e sócios merecem e têm direito. É um pilar da democracia. Não faz sentido fazer os debates sem Vieira, pois o que vai a votos é o seu mandato. Aliás, ele devia debater, até para defender a sua obra. Uma vez mais, pedimos que não se esconda atrás de Jesus e venha debater com todos. Os benfiquistas merecem-no”, frisou.