O líder parlamentar do PSD manifestou-se esta segunda-feira favorável à constituição de uma comissão de inquérito sobre o Novo Banco, mas referiu que o partido não deverá apresentar um texto próprio, apoiando uma delas ou a síntese das iniciativas propostas.

Na sexta-feira, a Assembleia da República debaterá, pelo menos, quatro projetos diferentes que pedem um inquérito parlamentar sobre o Novo Banco da autoria das bancadas do PS, BE, IL e Chega.

Questionado pela Lusa, o novo líder da bancada social-democrata, Adão Silva, afirmou que “o grupo parlamentar do PSD acha que é oportuno levar a cabo uma nova comissão de inquérito focada no Novo Banco, dando continuidade à anterior que se focou sobre o Banco Espírito Santo” (BES).

“Em princípio, o grupo parlamentar do PSD não vai apresentar nenhum texto”, acrescentou, ressalvando que, apesar de a decisão não estar “totalmente fechada”, esse será o cenário mais provável.

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Quanto à forma como o PSD irá votar as propostas dos vários partidos em cima da mesa, Adão Silva referiu que “o normal é que haja um texto sintetizador, que apanhe as dinâmicas dos vários projetos”.

Na quarta-feira, o PS anunciou que irá apresentar uma proposta para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito “com o objeto o mais amplo possível” centrada nas perdas do Novo Banco desde a sua fundação, com destaque para a venda falhada em 2016.

A 11 de setembro, a Iniciativa Liberal já tinha proposto uma comissão parlamentar de inquérito às razões dos prejuízos do Novo Banco, pretendendo apurar os “lapsos, omissões e imprecisões” desde a resolução, passando pela venda e até à atual gestão da instituição bancária.

Antes, no início de setembro, o BE entregou um projeto de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco para avaliar as causas das perdas imputadas ao Fundo de Resolução, identificar responsáveis políticos por essas decisões e apurar os atos da atual gestão da instituição bancária.

No final de julho, o deputado único do Chega, André Ventura, tinha proposta uma comissão parlamentar de inquérito ao alegado financiamento de campanhas eleitorais por parte do Grupo Espírito Santo, e anunciou mais tarde querer alargar o seu âmbito às operações de alienação de ativos do Novo Banco.