Os novos números avançados pelo boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) dão conta de que nas últimas 24 horas se registaram três mortes e 691 novos casos de Covid-19, uma redução de 13,8% face aos dados anteriores (na quarta-feira foram anunciados 802 contágios confirmados). Portugal passa assim a contabilizar 71156 casos positivos de infeção e 1931 óbitos desde o início da pandemia.
Os valores mostram uma diminuição dos novos casos (o número de mortes manteve-se) mas há mais notícias positivas: o número de novos recuperados mais do que duplicou, passando de apenas 175 para 386, por exemplo. O boletim desta quinta-feira dá ainda conta de 588 pessoas internadas devido à Covid-19 — mais 17 do que ontem — e 85 doentes em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) –, mais oito relativamente à passada quarta-feira. De assinalar que esta é a primeira vez em dois dias que os número de novos internamentos baixa além dos 20 (na quarta-feira assinalaram-se 25 e na terça 28).
Do ponto de vista da distribuição geográfica convém assinalar que a zona de Lisboa e Vale do Tejo mantém-se como a mais susceptível a novas infeções, registando 321 novos casos, 46% de todos os que foram identificados ao longo do período de 24 horas. Enquanto isso, no Norte registaram-se mais 267 casos, na região Centro mais 73, no Alentejo mais 11 e no Algarve 16. A Madeira contabilizou mais um caso e os Açores mais dois. Dos três óbitos assinalados, dois foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e um outro na zona Centro — ontem tinham sido registadas seis mortes em LVT e uma na zona Norte.
No que diz respeito ao perfil das vítimas mortais continua a comprovar-se que os mais idosos são quem está mais em risco: as três vítimas tinham todas mais de 60 anos (duas mulheres e um homem, uma das vítimas do sexo feminino estava entre os 60 e os 69 anos e os outros dois tinham mais de 80). O ponto positivo a extrair também do boletim desta quinta é o facto de que a taxa de mortalidade da Covid-19 em Portugal aparenta continuar a descer, tendência que já se verifica há vários meses. Hoje ficou-se pelos 2,71% e ontem, por exemplo, estava nos 2,86%.
Finalmente, em termos das faixas etárias, de registar que a maioria dos novos positivos verificaram-se na faixa etária dos 40 aos 49 anos, com uma incidência ligeiramente maior nas mulheres (67 novos casos em comparação com os 60 dos homens, um total de 127). A segunda “fatia” etária mais afetada é a dos 50 aos 59 anos, (103 no total) seguida da dos 20 aos 29 (94 no total) e da dos 30 aos 39 (93 no total).
Dado o momento atual em que milhares de crianças têm retomado as aulas presenciais, é de assinalar que as faixas etárias dos 0 aos 9 e dos 10 aos 19 são das que têm menos casos novos ( 98, no total conjunto). Só as tranches dos 70 aos 79 e dos maiores de 80 é que ficam ligeiramente mais a baixo, com um total conjunto de 97 novos casos.