A previsão do mercado financeiro para a inflação deste ano no Brasil subiu de 1,99% para 2,05%, segundo o relatório Focus, divulgado esta segunda-feira pelo Banco Central do país.

Os economistas do mercado financeiro melhoraram a estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil e passaram a estimar inflação acima de 2% para 2020, algo que não ocorria desde o final de abril.

A expectativa de inflação do mercado para este ano continua abaixo da meta central, de 4%, definida pelo Conselho Monetário Nacional, com um intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais em ambos os sentidos, ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a estimativa de inflação foi mantida em 3,01%, assim como para 2022 e 2023, fixada em 3,50% e 3,25%, respetivamente.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano (mínimo histórico) pelo Comité de Política Monetária.

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As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central do Brasil ajustaram a projeção para a queda da economia brasileira este ano de 5,05% para 5,04%. Para o próximo ano, a expectativa para PIB é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 18 semanas consecutivas.

Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar uma expansão do PIB em 2,50% no país sul-americano.

O relatório emitiu ainda projeções referentes à entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, para este ano, num aumento de 53,76 mil milhões de dólares (46,10 mil milhões de euros) para 55 mil milhões de dólares (47,16 mil milhões de euros).

Para 2021, a estimativa aumentou de 67 mil milhões de dólares (57,45 mil milhões de euros) para 68,50 mil milhões de dólares (58,74 mil milhões de euros).

A previsão para a cotação do dólar permanece em 5,25 reais (0,81 cêntimos de euro), no final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda norte-americana fique em cinco reais (0,77 euros).