A Câmara do Seixal acusou esta quinta-feira a Transtejo de falta de articulação com o município nas obras de substituição do pontão do Seixal e de não salvaguardar o património cultural e natural da zona envolvente.

Além da falta de preocupação com a população e utentes deste serviço e a falta de articulação com a Câmara Municipal do Seixal, é agora tornado público que esta empresa também não preparou nem acautelou o património cultural e natural, tendo em conta a envolvente ao terminal fluvial do Seixal”, refere a autarquia, numa nota de imprensa.

“A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) questionou a empresa Transtejo acerca das obras de substituição do pontão de embarque do Terminal Fluvial do Seixal, uma vez que que não foram tidas em conta as medidas de salvaguarda patrimoniais”, acrescenta o documento.

A Câmara Municipal do Seixal salienta ainda que, como refere a DGPC, o pontão em obras está situado “nas proximidades da Zona Geral de Proteção da Residência da Quinta da Trindade, classificada como Sítio de Interesse Municipal, bem como do Terraço Paleolítico da Quinta da Trindade e da Ponta do Mato, onde existem vestígios da época romana, integrados na Carta do Património Cultural Imóvel do Município do Seixal”.

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No dia 22 de outubro, a Transtejo informou que a ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa iria ser suspensa por 45 dias, devido a obras de melhoramento, sendo assegurado transporte rodoviário até ao terminal de Almada.

Segundo revelou na altura a administração da Transtejo, as obras no terminal do Seixal, que tiveram início em setembro, abrangem uma área total de 450 metros quadrados e não são compatíveis com a operação fluvial, pelo que a empresa foi forçada a suspender a atracação no pontão do Seixal.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa.

A agência Lusa contactou a empresa, mas não obteve resposta até ao momento.