Perto de Santa Apolónia, junto ao Tejo, o Lux Frágil — este que era um dos principais espaços noturnos da capital — tem vindo a optar, durante a pandemia, por horários pouco convencionais para uma discoteca e neste sábado, dia 21, abre o Terraço entre as 10h e as 13h, devido ao recolhimento obrigatório no fim de semana.

No cardápio consta que há castanhas e resistência é a palavra de ordem ao som do DJ Rui Vargas. A entrada é livre, mas está sujeita à lotação do espaço.

Já no Piso 0, o Lux vai dar voz a Sorour Darabi, performer e artista que nasceu no Irão, numa conversa sobre fluidez de género que se faz sem palavras ou pronomes, mas através do movimento. A performance integra o Alkantara Festival, a decorrer em Lisboa, e está marcada para as 11h.

Em meados de março, o país parou para travar a pandemia e as madrugadas a dançar de copo na mão ficaram em standby durante tempo indeterminado. O desconfinamento chegou a alguns setores, mas os bares e discotecas continuaram à espera. Só em 30 de julho é que o Governo fez saber que os espaços noturnos iriam poder reabrir com regras semelhantes às de cafés e pastelarias.

Com as novas regras, o Lux tem sabido inovar e até com algum humor à mistura, quando partilhou uma publicação no Instagram em modo snack-bar com um irónico “há caracóis”. O palco de dança passou a ser ocupado por mesas e esplanada e a música que tocava apenas de noite até de madrugada, passou a animar a capital desde as manhãs até à hora de jantar.

Mas as novidades não ficam apenas pelos caracóis, DJ sets em horas improváveis ou pela programação cultural. Na quinta-feira, uma misteriosa publicação na conta de Instagram da discoteca reuniu mais de 7 mil gostos. Além de enumerar todas as formas de como por aqui se resistiu, foi também deixada uma promessa: é agora que se vai quebrar o jejum.

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