Nos cinco primeiros meses da pandemia, Portugal registou 1.735 mortes devido ao novo coronavírus, um número que quase duplicou (para 3.228) nos meses seguintes, entre o início de agosto e o início de dezembro. A contabilização é feita pelo jornal Público, esta quinta-feira.

No total dos 27 países da União Europeia (UE), a diferença entre a mortalidade na primeira vaga (136 mil mortes entre março e julho) e a segunda (152 mil de agosto a 6 de dezembro) não é tão significativa como em Portugal, o que pode ser explicado com o facto de os países mais afetados na fase inicial, como Espanha ou Itália, registarem agora menos óbitos. Mas a situação na UE é muito díspar. Ainda assim, em 17 países, o outono está a ser mais letal do que a primavera.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), citado pelo Público, há um grupo de países, onde se inclui Portugal, que têm tido mais mortes durante o Outono. No caso da República Checa, o número de óbitos aumentou 20 vezes. Depois há outros, como Espanha ou Itália, nos quais se registaram mais mortes na primavera. E um terceiro grupo, como a Alemanha, em que o número de mortes foi semelhante na primavera e no outono.

Uma das razões para Portugal estar a registar mais mortes é o facto de o número de infeções ser superior nesta segunda fase e ser maior nas faixas etárias mais idosas.

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