A Agência Europeia de Medicamentos indicou que poderia pronunciar-se ainda esta segunda-feira sobre a vacina da farmacêutica Moderna contra a Covid-19, antecipando uma declaração em dois dias. Mas tal não aconteceu. O regulador de medicamentos holandês CGB disse que “esperava mais” da reunião,  reconhecendo que seria difícil “responder a todas as questões em detalhe numa única reunião“. Assim, espera que “haja uma decisão na quarta-feira”, disse em declarações ao jornal The Guardian.

De caráter extraordinário, a reunião desta segunda-feira poderia significar a conclusão da avaliação à vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna, o que permitiria à Comissão Europeia (CE) conceder uma autorização condicional ao uso do fármaco no território europeu.

Se se tivesse chegado a uma conclusão positiva, a vacina da Moderna seria a segunda a receber “luz verde” dos investigadores da União Europeia (UE), depois da aprovação, a 21 de dezembro passado, do fármaco desenvolvido pela Pfizer e BioNTech, e que está a ser utilizada no espaço europeu desde a semana passada.

O comité tem também aberto desde 1 de dezembro do ano passado dois processos de revisão em tempo real das vacinas desenvolvidas pela farmacêutica Janssen, filial da norte-americana Johnson & Johnson e da Universidade de Oxford, e da Astrazeneca, embora nenhuma delas tenha solicitado uma autorização condicional para uso do medicamento na UE.

Apesar de a AEM insistir nas dificuldades em definir um cronograma para anunciar as conclusões científicas sobre um fármaco, dado que depende em grande parte dos dados disponíveis e da rapidez com que a farmacêutica responde às perguntas do comité, a agência necessitou até agora de várias semanas para dar aprovar uma vacina contra a Covid-19.

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