Voltou a ser um mapa pintado de laranja. Tal como em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD, pelo CDS e por alguns socialistas, venceu em todos os distritos, em todos os concelhos e em praticamente todas as freguesias. A exceção foi em Póvoa de S. Miguel, Sobral da Adiça, Mourão e S. Vicente e Ventosa — todas no Alentejo, que foram roubadas por Ventura, e Pias, Alcórrego e Maranhão (ambas no Alentejo) e S. Martinho (Setúbal) — que mantêm a preferência pelo PCP. Já Ana Gomes ficou em primeiro em Morgade e Negrões (ambas em Montalegre).
Numa perspetiva mais geral, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a sua votação em todos os distritos (exceto Bragança), de tal forma que em todos passou os 50% dos votos, ao contrário do que tinha acontecido em 2016. Foi nos distritos onde Marcelo não foi tão bem sucedido que André Ventura mais se destacou. O candidato teve os melhores resultados em Portalegre (20%), Bragança (17,6%), Évora (16,8%), Faro (16,7%) e Beja (16,2%).
Embora André Ventura tenha ficado em terceiro lugar a nível nacional, atrás de Ana Gomes e de Marcelo Rebelo de Sousa, foi o candidato que mais vezes esteve em segundo lugar nas contas distritais (o que pode ser explicado pelo facto de a adversária ter ganho em locais mais populosos). Essa classificação de Ventura aconteceu doze vezes: em Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Beja, Faro, Portalegre, Évora e na região autónoma da Madeira.
Já Ana Gomes chegou ao segundo lugar em sete distritos do continente (Viana do Castelo, Braga, Porto, Setúbal, Aveiro, Coimbra e Lisboa) e também na região autónoma dos Açores.