Os números baixaram, mas os internamentos não. E nunca houve tantos internados em Unidades de Cuidados Intensivos como agora, numa altura em que a pandemia em Portugal nunca tinha feito tantas vítimas e os hospitais tinham enfrentado tantas dificuldades em responder. Às 00h00 de sexta-feira estavam internados 6.627 doentes (mais 62 que no dia anterior), 806 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (um aumento de 24 doentes). Nunca tinha havido registo de tantos doentes de Covid-19 a inspirar estes cuidados.

Desde o dia 1 de janeiro que o número de internamentos em Cuidados Intensivos não para de aumentar e, ao fim do mês, quase duplicou. Naquele dia 1 eram 483 os internamentos. Desde então, só a 3 de janeiro houve uma redução de três doentes aqui internados. Neste dia registaram-se 156 mortes, um número que também disparou.

Mas se o número de internamentos continua a aumentar, o número de infeções e mesmo de mortes sofreu um decréscimo. Segundo o boletim diário da Direção Geral da Saúde desta sexta-feira, nas últimas 24 horas (e até às 00h00), foram registadas 278 mortes por Covid-19 e 13.200 novos casos de infeção — quando no dia anterior tinham sido 303 as mortes 16.432 os novos casos.

No sentido inverso, os serviços de saúde têm 225.507 contactos em vigilância, o que significa um aumento de 2.357 nas últimas 24 horas. E há, também, neste momento, 181.811 casos ativos (mais 1.735). Refere o boletim da Direção Geral da Saúde que há mais 11.187 recuperados da doença (num total de 11.187).

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Lisboa e Vale do Tejo continua a registar mais casos

O maior aumento de casos registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo, com mais 7.123 novos casos. Também aqui se registou a maior mortalidade: foram 137 os mortos.

A Norte foram 3.198 os novos casos de infeção, com registo de 70 mortes. Segue-se a região Centro, com mais 1.842 casos novos de Covid-19 e 53 mortes.

Na zona do Alentejo foram também registados 486 novos casos e 14 mortes. Enquanto o Algarve registou 381 novas infeções e três mortes.

Na Madeira houve também a registar uma morte, a par de 105 novos casos. Nos Açores não houve registo de mortes, mas houve 65 novas infeções.

Continua a haver mais mulheres infetadas (382.947) do que homens (315.414), enquanto em 222 casos não foi possível aferir do registo informático o sexo. E a faixa etária mais atingida pelo novo coronavírus é entre os 40 e os 49 anos.

No entanto, são mais as mortes do sexo masculino (6.197) do que feminino (5.689). E aqui a idade que prevalece é a faixa etária de mais de 80 anos.