O aperto de medidas na segunda fase do confinamento, nomeadamente o fecho das escolas, permitiu que uma queda mais rápida do número de contágios por Covid-19. Em apenas uma semana, segundo o jornal Público, a transmissibilidade reduziu entre 35% e 40%, um número que coloca o atual confinamento perto daquele que se viveu nos meses de março e abril.

Pedro Simões Coelho, coordenador do projecto Covid19 Insights, uma iniciativa da NOVA IMS e da COTEC, explica que a avaliação de um confinamento tem de ser feita através da medição do efeito e, consequentemente, da diminuição da taxa de transmissibilidade do vírus. Assim, e tendo em conta a referência do ano passado, o responsável explica que no início do atual confinamento a queda de contágios representava apenas “30% da velocidade em março e abril”.

Foram as medidas mais restritas que possibilitaram, a partir do fecho das escolas, mudanças mais rápidas e que permitem estimar “que o efeito deste confinamento seja cerca de 90% do de março/abril”. “Até dia 17 de janeiro a presença em locais de trabalho era ainda muito forte. Já havia alguma queda face ao nível de referência – média da mobilidade de janeiro e fevereiro de 2020, quando ainda não havia pandemia – de -11% a -26%, mas agora a quebra vai em mais de 40%”, explica em declarações ao Público.

Assim, com o reforço das restrições, mais teletrabalho, menos utilização de transportes públicos e com o apoio das escolas fechadas – que implicam muita mobilidade – houve um efeito “muito imediato”, uma situação rara, mas que levou “de facto de uma redução da taxa de transmissibilidade de 30% a 40% para uma situação em que a queda é quase igual à verificada em março”.

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