Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria enviaram uma pergunta ao Governo a questionar sobre a calendarização das ações a adotar na Mata Nacional de Leiria, que visam a sua recuperação após o incêndio de 2017.

Na missiva dirigida ao ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, os deputados do PSD questionam ainda a calendarização das ações previstas para o primeiro trimestre de 2021 e seguintes.

Os sociais-democratas Margarida Balseiro Lopes, Hugo Oliveira, Pedro Roque, Olga Silvestre e João Marques pretendem ainda saber quando será público o portal eletrónico de acesso geral para divulgação da informação sobre o prosseguimento das ações de recuperação da Mata Nacional de Leiria.

Os deputados recordam que a “recuperação do património natural do Pinhal do Leiria, prometida após os incêndios de 2017, que consumiram cerca de 9.500 hectares da Mata Nacional de Leiria, tem revelado atrasos consecutivos”.

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Ministro do Ambiente salienta importância da regeneração natural do Pinhal de Leiria

Para os sociais-democratas, esta matéria “tem exposto as dificuldades do Governo em gerir um espaço florestal com desafios diversos ao nível da escassez de recursos, da falta de calendarização das ações e dos crescentes problemas fitossanitários das espécies florestais”.

A Assembleia da República, “após várias recomendações aprovadas e ignoradas pelo executivo, inscreveu em lei no Orçamento do Estado para 2021 a autorização de uma despesa pública de cinco milhões de euros para implementar medidas de recuperação e rearborização da Mata Nacional de Leiria e de outras matas de gestão pública”.

Os deputados acrescentam que o Orçamento do Estado determinou ainda a criação de um portal eletrónico de acesso geral para divulgação da informação sobre o prosseguimento das ações de recuperação da Mata Nacional de Leiria, na sequência da falta de execução de recomendações no mesmo sentido.

A Mata Nacional de Leiria, também conhecido por Pinhal de Leiria ou Pinhal do Rei, é propriedade do Estado. Tem 11.062 hectares e ocupa dois terços do concelho da Marinha Grande. A principal espécie é o pinheiro bravo. Nos incêndios de outubro de 2017 ardeu mais 80% da sua área.

Nesse mês, 49 pessoas morreram e cerca de 70 ficaram feridas na sequência dos incêndios na região Centro, que também destruíram total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.