O primeiro-ministro e o presidente da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) reuniram-se esta sexta-feira, por videoconferência, para prepararem propostas de desenvolvimento do pilar social da União Europeia, que deverão ser aprovadas na cimeira do Porto em maio.

Numa mensagem publicada na sua conta pessoal na rede social Twitter, António Costa referiu que se reuniu esta manhã com o secretário-geral da CES, o italiano Luca Visentini.

Concordámos que é urgente pôr em marcha a recuperação económica, ancorada em transições climática e digital justas, associadas à implementação do pilar social da União Europeia, que criem novas oportunidades para todos”, escreveu o primeiro-ministro de Portugal, país que preside até junho ao Conselho da União Europeia.

António Costa acrescenta na mesma mensagem que espera uma “participação ativa dos parceiros sociais na Cimeira Social do Porto, que se centrará no emprego, nas qualificações e inovação e na proteção social”.

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Em janeiro, após uma reunião da presidência portuguesa com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o primeiro-ministro considerou que a existência de avanços no pilar social da União Europeia é essencial para combater os populismos e responder “aos medos” dos cidadãos.

Questionado sobre a tradicional oposição de Estados-membros europeus mais liberais (casos da Irlanda ou dos Países Baixos) a um aprofundamento de regras de caráter social na União Europeia, o primeiro-ministro português defendeu a importância da cimeira social prevista para 7 de maio no Porto, onde se procurará um compromisso comum em torno do pilar social.

“No dia seguinte, no dia 8 de maio, também no Porto, haverá um Conselho informal, onde será trabalhada uma declaração que reafirme o compromisso de todos os Estados-membros no sentido de desenvolver este pilar social — um pilar que não vale por si só, mas que deve ser encarado como uma base sólida para dar confiança a todos os cidadãos”, reagiu António Costa.

“O medo é aquilo que mais alimenta o populismo. Se queremos combater o populismo de forma eficaz, temos de dar confiança aos cidadãos – confiança perante aquilo que são os receios”, sustentou.