Os encerramentos e insolvências de empresas subiram 16,8% nos primeiros dois meses do ano, face ao mesmo período de 2020, tendo-se registado 3.135 empresas encerradas, revelou esta quinta-feira um barómetro da Informa D&B.

Os dados recolhidos pela empresa sobre o tecido empresarial mostram que, “em janeiro e fevereiro deste ano, foram encerradas 3.135 empresas, valor que representa uma subida de 16,8% face ao período homólogo”.

“Depois de um ano de 2020 com os valores de encerramentos abaixo de 2019, nos dois primeiros meses deste ano a média mensal de encerramentos volta a estar em linha com o que aconteceu nos anos 2018 e 2019, período ainda anterior ao início da pandemia da Covid-19″, apontou a Informa D&B.

A empresa ressalva que os números de encerramentos e insolvências devem ser “entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas”.

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Deve, ainda, ter-se em consideração o facto de se tratar de processos normalmente demorados e, no caso das insolvências, que envolvem os tribunais, cuja atividade foi afetada durante a pandemia.

Numa análise desde o início da pandemia, as insolvências de empresas registam um “ligeiro aumento” de 8% (mais 84 casos), “apenas nos setores mais expostos aos impactos” da crise sanitária.

A abertura de novas empresas caiu 35,2% nos primeiros dois meses do ano, em termos homólogos, totalizando 6.220, uma diminuição “fortemente condicionada pelas medidas restritivas para combater a pandemia”, revelou hoje a Informa D&B.

O mesmo barómetro concluiu que a abertura de novas empresas caiu 35,2% nos primeiros dois meses do ano, em termos homólogos, totalizando 6.220, uma diminuição “fortemente condicionada pelas medidas restritivas para combater a pandemia”.

Os dados mostram que o recuo em janeiro e fevereiro concentrou-se em cinco dos setores mais relevantes no tecido empresarial português: serviços, transportes, alojamento e restauração, construção e serviços empresariais.

No entanto, as restrições no âmbito da pandemia foram também uma oportunidade para novos negócios em certos setores, como é o caso do comércio a retalho online, que, este ano, já viu nascer perto de 100 novas empresas, o que corresponde a um aumento de 50% face a 2020.

Cresceram, ainda, as novas empresas de atividades auxiliares de transportes terrestres (67%) e atividades postais ou correios (84%).