O número de novos casos de Covid-19 diagnosticados em Portugal num só dia ficou abaixo dos mil pelo décimo dia consecutivo, de acordo com o boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde ao início da tarde desta terça-feira, com dados respeitantes às 24 horas de segunda-feira, o primeiro dia do novo desconfinamento.
Nas 24 horas de segunda-feira, foram diagnosticados 384 novos casos de infeção e 13 óbitos na sequência da doença, elevando os totais da pandemia em Portugal para 814.897 casos diagnosticados e 16.707 mortes. Em sentido contrário, registaram-se 1.173 recuperações da doença, o que leva o número de casos ativos a reduzir-se em 802 para um total de agora 35.229.
Num dia em que a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca em Portugal e em vários países europeus representou um passo atrás na confiança relativamente ao combate à pandemia de Covid-19, os dados do boletim português mostraram uma consolidação da melhoria da situação em Portugal — designadamente no que toca aos casos mais graves, que necessitam de internamento hospitalar.
Há agora um total de 955 pessoas internadas em Portugal com Covid-19 (são menos 41 do que no boletim de segunda-feira) — e 213 internadas em cuidados intensivos (menos 18). É preciso recuar até ao dia 23 de outubro para encontrar um número mais baixo de pessoas internadas em cuidados intensivos em Portugal (nesse dia eram 198). Os números firmam também uma tendência de descida que se tem vindo a verificar desde que no início de fevereiro se registou o pico, acima dos 900 internados em UCI.
Norte, Algarve e ilhas sem vítimas mortais
Das 13 vítimas mortais que surgem no boletim desta terça-feira, oito morreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, quatro na região Centro e uma no Alentejo. A região da capital foi também a que registou mais casos (147), seguida do Norte (127), Centro (64), Açores (15), Algarve (13), Madeira (11) e Alentejo (sete).
Morreu uma pessoa na casa dos 40 anos
As tabelas enviadas pela DGS em anexo ao boletim mostram que a maioria das vítimas mortais tinham mais de 60 anos de idade. Ainda assim, morreu uma pessoa na casa dos 40 anos. A distribuição etária das vítimas mortais é a seguinte: 40–49: uma vítima; 50–59: duas vítimas; 60–69: uma vítima; 70–79: cinco vítimas; mais de 80: quatro vítimas.
Entretanto a Direção Geral da Saúde enviou também a matriz de risco que é agora tida em conta para avançar, ou não, com o passo seguinte previsto no calendário de desconfinamento apresentado por António Costa na última quinta-feira. Este quadro indica que a taxa de incidência em Portugal é de 96 casos de infeção por cada 100 mil habitantes, enquanto só em Portugal continental é de 84,2. Já o risco e transmissão, o chamado R(t) é de 0,83 em Portugal e de 0,79 apenas no continente.
Esta matriz, segundo a DGS, passará a ser mostrada diariamente e será atualizada às segundas, quartas e sextas-feiras, aquando da atualização do R(t), que mostra o índice de transmissibilidade do risco. Significa isto que é igual há que foi apresentada segunda-feira e que será atualizada amanhã.