O défice comercial dos Estados Unidos atingiu em fevereiro um novo máximo, de 71,1 mil milhões de dólares, com um recuo das exportações face às importações, num contexto de recuperação mais rápida da economia norte-americana.

O défice, equivalente a perto de 60 mil milhões de euros, teve um aumento de 4,8% em relação ao mês anterior, o que se deve a uma redução das exportações de 2,6% para 187,3 mil milhões de dólares, superior à das importações que recuaram apenas 0,7% para 258,3 mil milhões de dólares, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Departamento do Comércio.

O crescimento norte-americano mais rápido do que o do resto mundo levou o défice para níveis recorde“, indicou Oren Klachkin, economista da Oxford Economics, antecipando que o saldo negativo “deve continuar a aumentar à medida que a recuperação económica dos Estados Unidos se intensifica na primavera e no verão”.

Em fevereiro, o défice ficou acima do esperado, uma vez que os analistas apontavam para 70,5 mil milhões de dólares, depois de um saldo negativo de 67,8 mil milhões de dólares em janeiro.

Nos primeiros dois meses deste ano, os Estados Unidos acumulam um saldo negativo de 138,9 mil milhões de dólares (117,3 mil milhões de euros), em comparação com um défice de 82,3 mil milhões de dólares (69,6 mil milhões de euros) no mesmo período do ano passado, quando a pandemia de Covid-19 começou a afetar a atividade económica global.

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