A Bentley é um pequeno construtor de automóveis, em matéria de volume de produção, mas os seus veículos compensam os números reduzidos com o requinte, o luxo e a nobreza das mecânicas. Para provar os seus pergaminhos nesta matéria, faz questão de disputar diversas provas e campeonatos para chamar a atenção para a raça das suas criações. A marca britânica prepara-se agora para regressar a Pikes Peak, uma emblemática prova de rampa, com um Continental GT3 muito especial.

Há muito que a Bentley tem um fraquinho pela mítica rampa norte-americana, 20 km a subir em que a linha de meta se encontra, literalmente, acima das nuvens. Além de dotes muito particulares de condução, Pikes Peak exige nervos de aço – e uma boa dose de loucura – uma vez que, em grande parte do traçado, a estrada tem como limite um tremendo precipício, onde um despiste é morte certa. Daí que a peculiar rampa seja tão popular para os americanos e, por tabela, para a Bentley, ou não fosse aquele um dos seus maiores mercados.

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A Bentley já provou a sua mestria na difícil rampa em duas ocasiões, a primeira vez vez em 2018, quando bateu o recorde dos SUV com um Bentayga de série, para no ano seguinte ter repetido a dose com o Continental GT W12, para os carros de série. Desta vez o construtor britânico regressa com uma versão muito especial de um Continental GT3, cujo motor 4.0 V8 biturbo consome exclusivamente biogasolina e gasolina sintética.

Bentley regressa a Pikes Peak com o Continental GT

O fabricante tem desenvolvido algum trabalho, ajudado pelo investimento anterior realizado pela Audi, no campo dos combustíveis tradicionais menos poluentes. Este Continental GT3 vai aparecer como o primeiro carro de competição capaz de queimar gasolina renovável, que deverá emitir menos 85% menos emissões de CO2. Resta saber o que acontece com os verdadeiros poluentes, uma vez que o dióxido de carbono, em si próprio, não polui, apenas contribui para o aquecimento global se estiver presente em excesso na atmosfera.

O Continental GT3 Pikes Peak tem um aspecto monstruoso, com uma aerodinâmica muito apurada e exuberante, uma vez que tem de garantir apoio aerodinâmico a 4302 metros de altitude, onde o ar rarefeito não ajuda. A prova disputa-se numa só subida a 27 de Junho.