O piloto português Miguel Oliveira (KTM) revelou não estar “a 100 por cento” depois da queda sofrida na sessão de qualificação deste sábado para o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que o deixou na 10.ª posição da grelha.

Em conversa com os jornalistas após a sessão, o almadense considerou que foi “um resultado curto”.

“Tive uma queda na segunda tentativa [de melhorar o tempo]. Perdi a frente [da mota]. Estava a melhorar nos dois primeiros setores, poderia ter ficado mais à frente [na classificação]. A quarta fila da grelha é o que temos de aceitar. Não estou a 100 por cento, tenho feridas nas mãos e braços e numa perna. Mas não há muito que possa fazer do que gelo e tentar reduzir a inflamação”, revelou o piloto da KTM.

Ainda assim, Miguel Oliveira diz não estar “preocupado com a corrida”.

“Com estes pneus, não sabemos [o que vai acontecer]. Vamos saber amanhã [domingo], na corrida, o que conseguimos fazer. Espero uma corrida suave e ganhar lugares desde o arranque”, sublinhou.

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Para Miguel Oliveira, as várias quedas que aconteceram ao longo do dia acabam por ser uma consequência do tipo de desporto em causa.

“É um desporto motorizado, é perigoso e quando se cai tanto se pode sofrer alguma coisa como não ter nada. Não se pode culpar o desporto”, disse, afastando a ideia de que na origem das quedas poderiam estar os problemas de pneus de que o piloto se vem queixando desde o início da época.

Ainda assim, o piloto português revela que os pneus possam ajudar a explicar a diferença de prestações face ao ano passado, quando conseguiu a ‘pole position’.

“Por razões diferentes não conseguimos ter a mesma segurança do ano passado. Talvez os pneus sejam uma delas. Temos de fazer o melhor possível para termos um bom resultado”, frisou Oliveira.

O piloto luso também recusou a ideia de que as mudanças operadas nos compostos de pneus tenham sido propositadas para travar a evolução da KTM, o construtor mais afetado.

“Seria alimentar uma teoria de conspiração que a Michelin trouxe pneus para nos favorecer ou prejudicar. Estamos num desporto muito competitivo. Para nós é um ‘handicap’. Jamais pensaria que seria com a intenção de manipular ou prejudicar o resultado”, frisou Miguel Oliveira.

O piloto português qualificou-se na 10.ª posição da grelha de partida para o GP de Portugal de MotoGP, terceira prova do campeonato do mundo.

Com duas jornadas já realizadas, Miguel Oliveira está na 14.ª posição, com quatro pontos, a 36 do líder, o francês Johann Zarco.