O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu nesta quinta-feira que a moeda da Europa, o euro, é a moeda da transição climática e que o combate às alterações ambientais deve ser uma tarefa global.

Na sua intervenção na Cimeira do Clima, organizada pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, Charles Michel saudou o regresso dos Estados Unidos à luta contra as alterações climáticas e deixou vários desafios às várias potências mundiais. “Temos de nos adaptar às indústrias não poluentes”, defendeu o líder do Conselho Europeu, lembrando que o orçamento da União Europeia (UE) para a transição climática é de 600 mil milhões de euros, referindo-se à moeda que ele disse ser a da transição climática.

“A nossa estratégia de esperança reside no ambiente”, disse Michel, que reforçou a mensagem de que os problemas ambientais não são o exclusivo de um país ou de um continente, mas são globais e exigem esforços concertados, sobretudo com os países mais poluentes.

“Vamos ter de criar um sistema adequado para que os empresários se adaptem às novas energias”, explicou o presidente do Conselho Europeu, dizendo que o combate às alterações climáticas é uma tarefa de entidades públicas e privadas.

Em consonância com o que tinha dito minutos antes, na Cimeira do Clima, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Michel disse que os países europeus e a UE estão disponíveis para colaborar em projetos de economia sustentável.

“Se queremos estar em paz com a natureza, temos de tirar o carbono do nosso modelo de negócio”, explicou o líder do Conselho Europeu, lembrando que as metas de redução de gases de efeito estufa na Europa são muito exigentes, mas devem servir de referência para o comportamento de outros países. “Para atingir esses objetivos, temos de criar os incentivos certos”, salientou Charles Michel, que se dirigiu às grandes potências mundiais, pedindo-lhes um esforço acrescido num momento crucial das transformações neste setor. “Estamos na terceira revolução industrial”, concluiu o presidente do Conselho Europeu, mostrando confiança nas instituições que se mostram dispostas a fazer a aposta na transição para energias não poluentes.

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