Os Estados Unidos estão a analisar atentamente o acordo comercial assinado com a China pelo Governo do ex-Presidente Donald Trump, para fazer um balanço das negociações, informou esta quarta-feira a representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai.

“Em relação aos compromissos de compras por parte da China, sob o acordo comercial sino-americano, estamos a analisar atentamente os resultados”, disse Tai, durante uma audiência perante uma comissão do Senado dos EUA.

Segundo a representante do Governo norte-americano para o Comércio, Washington também está a estudar as opções para fazer a China cumprir as suas promessas do acordo comercial.

Os dois países assinaram a chamada “Fase Um” do acordo comercial, em janeiro de 2020, em que Pequim se comprometeu a aumentar as suas compras de produtos e serviços norte-americanos em pelo menos 200 mil milhões de dólares (cerca de 160 mil milhões de euros), entre 2020 e 2021.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Katherine Tai disse que o inventário deve permitir fazer um balanço dos compromissos já assumidos, bem como daqueles que não foram cumpridos no nível prometido.

Para a representante comercial do Governo norte-americano, esta é uma questão fundamental para a prossecução das negociações entre Washington e Pequim.

“Estamos muito focados neste acordo”, sublinhou Tai, mostrando-se determinada em “testar a sua utilidade e tirar o máximo proveito das ferramentas disponibilizadas”.

A representante de Comércio dos EUA também disse que a reunião regular entre os dois países — determinada, pelo acordo, a cada seis meses — ainda não foi marcada.

Tai ainda não se encontrou com o seu homólogo chinês desde que tomou posse no cargo, em março.

O acordo, que foi estabelecido para encerrar uma guerra comercial de dois anos entre a China e os Estados Unidos, mantém ainda as tarifas dos EUA de 25% sobre uma série de produtos chineses e componentes industriais no valor, bem como medidas retaliatórias chinesas em importações dos Estados Unidos.

O Governo do Presidente Joe Biden tem defendido a manutenção das tarifas impostas por Donald Trump, dando a entender que, a curto prazo, não insistirá na evolução das negociações para baixar as taxas.