Um teve apenas três empates, outro somou quatro empates, os confrontos diretos não foram além da igualdade. Pela terceira vez consecutiva e pela nona vez nas últimas 11 edições, a Liga de futsal voltava a ser discutida na fase final pelos dois crónicos candidatos ao título, Sporting e Benfica, sem um favorito claro entre equipas que se conhecem demasiado bem e que mostraram de forma evidente como o dérbi lisboeta pode ter qualquer desfecho em 2018/19 (a última temporada completa) quando os leões conseguiram sagrar-se campeões europeus pela primeira vez na história mas as águias acabaram por ser mais fortes na “negra” do Campeonato.

Sporting empata dérbi com o Benfica na Luz e mantém liderança da fase regular da Liga

Agora, no arranque da final do playoff no Pavilhão João Rocha depois de dois empates na fase regular da Liga (3-3 em Alvalade, 1-1 na Luz) e de uma goleada verde e branca na final da Taça da Liga (6-2), o Sporting voltou a ser mais forte, começando com uma vitória por 3-1 no jogo 1 antes do dérbi na Luz no próximo domingo e dando um primeiro passo no objetivo de juntar pela primeira vez o título nacional ao europeu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sporting goleia Benfica no terceiro dérbi da época e conquista Taça da Liga de futsal

O encontro começou equilibrado mas com o Sporting a mostrar uma maior capacidade em criar desequilíbrios individuais no ataque em ações coletivas, como aconteceu no lance que daria origem ao primeiro golo quando Pany Varela conseguiu ficar na ala a ser defendido por Jacaré, passou o pivô encarnado com uma fantástica e rematou cruzado para o 1-0 (4′). A vantagem deu um maior conforto ao conjunto leonino, que foi sabendo gerir os momentos de jogo e sair muitas vezes com mais perigo do que aquele que o Benfica ia criando em ataque organizado, apesar de algumas intervenções importantes de Guitta. Faltava o clique para as águias entrarem de no encontro de outra forma e o mesmo aconteceu num lance de estratégia trabalhado por Joel Rocha durante um desconto de tempo, com Tayebi a receber em zona central para o remate cruzado que fez o empate (13′).

O golo fez bem aos encarnados, que conseguiram mais e melhores combinações no ataque organizado ou nas saídas em transição e pareceram mais perto do 2-1 durante alguns minutos do que o Sporting, que se colocou no plano oposto e teve nessa fase menor capacidade de visar a baliza de Roncaglio. O empate parecia um desfecho inevitável, apesar do equilíbrio de oportunidades ao cair do pano entre intervenções de nível dos guarda-redes brasileiros, mas um erro de marcação dos visitantes foi aproveitado da melhor forma pelos mais novos da equipa verde e branca, numa combinação já antes vista na final da Liga dos Campeões com Tomás Paçó a assisti Zicky Té para o remate forte e colocado que fez o 2-1 apenas com 35 segundos por jogar.

A segunda parte começou com o Benfica a tentar agarrar mais no domínio do encontro para forçar de novo um empate mas algumas falhas no último passe e o desaproveitamento dos raros lances em que as compensações defensivas dos leões não funcionaram (num deles foi o pé de Guitta a evitar o toque final já perto da linha de golo) colocaram os encarnados expostos àquele que seria o pior momento na etapa complementar, com o 3-1 apontado por Cavinato aproveitando uma assistência de Ziky Té em corredor central sem oposição (25′) e três chances consecutivas onde Zicky Té e Merlim ficaram muito próximos de aumentar a vantagem verde e branca.

Mesmo sem chegar a níveis que já atingiu esta temporada, e também com a vantagem de ver o Sporting chegar à quinta falta com mais de cinco minutos ainda por jogar, o Benfica tentou apertar o cerco à baliza verde e branca, teve um remate de Diego Roncaglio desviado por Guitta para a trave mas também se foi expondo mais às saídas rápidas dos leões antes da aposta clara num 5×4 com Tiago Brito como guarda-redes avançado a quatro minutos do final, que logo depois do desconto de tempo de Joel Rocha não criou situação de remate e ainda viu Merlim acertar no poste de uma baliza à outra (37′), antes de mais três grandes intervenções de Guitta.