O número de jovens internados em centros educativos teve uma quebra considerável durante a pandemia, descendo 38,8%, de 147, em fevereiro de 2020, para 90 em abril deste ano, de acordo com os dados recolhidos pelo Público.
O jornal nota que haverá mais saídas de jovens destes centros numa lógica de combate ao alastramento do coronavírus. E menos jovens a entrar porque os tribunais tiveram menos atividade.
O ensino à distância também terá contribuído, uma vez que a delinquência juvenil ocorre, em grande medida, em contexto escolar, seja bullying, furtos ou tráfico de pequenas doses de droga. O número deste tipo de ocorrências entre jovens caiu 33% no ano passado.
O Público nota, no entanto, que a pandemia acelerou uma tendência da última década, apesar de nos anos mais recentes ter havido alguma subida.
Em 2010, houve, em média, 226 jovens internados neste tipo de instituições. De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal, a descida desde então pode ter várias justificações, relacionadas nomeadamente com a revisão da Lei Tutelar Educativa, feita em 2015.
Número de jovens internados em centros educativos sobe desde 2016