Na Coreia do Norte há uma guerra em curso. Se Kim Jong-un não deu ainda uso a armamento nuclear para conflitos bélicos com outras nações, o líder norte-coreano vai apurando a mira apontando-a cada vez mais aos seus próprios cidadãos.

A guerra é, por ora, cultural, como dão conta meios como a estação britânica BBC, o jornal El Español, ou o jornal digital Daily NK, especializado na Coreia do Norte. E o inimigo é o “pensamento reacionário” que o regime norte-coreano vislumbra nas opções estéticas e intelectuais dos jovens, que vão dos cortes de cabelo ao vestuário, ao uso de palavrões em idiomas estrangeiros, ou ao visionamento de filmes que não sejam feitos, produzidos ou aprovados internamente.

Depois da aprovação de uma lei (em dezembro do ano passado) que pune severamente todos os que forem apanhados na posse de filmes estrangeiros, com roupas de marcas internacionais ou a proferirem palavras em calão noutro idioma, o regime de Kim Jong-un aperta agora a malha e incentiva à vigilância e monitorização da juventude.

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