“Solstício” no The Art Gate

Largo da Trindade, 16, 1ºAndar Esquerdo, Lisboa. Sábado 17h às 21h. Bilhete online 12 euros por reserva: events@theartgate.com /Bilhete à porta no dia 15 euros.

Para abraçar o verão com arte à mistura: a pandemia colocou em pausa muitos projetos das cidades e, em Lisboa, um dos que está parado por enquanto é o The Art Gate, hotel, restaurante e galeria no Chiado. Enquanto não regressam em força, o espaço terá este sábado um evento multidisciplinar especial e que vai ocupar várias salas do edifício, em diferentes tempos, com diferentes artes. O Solstício, com curadoria de Joana Krämer Horta, arranca às 17h, na galeria, com uma leitura e conversa acompanhadas por um momento musical com harpa — Luísa Salvador, Mattia Tosti e Suzana Francês são os protagonistas desta primeira órbita, o nome dado a cada momento da programação. A segunda passa-se na cozinha e sala de jantar, entre as 18h e as 20h, e está entregue a Hugo Candeias, o chef consultor do restaurante do The Art Gate, que aqui terá um espaço performático e arquivo de memórias. Na mastersuite, também entre as 18h e as 20h, acontece a Órbita II com Isabel Costa e João Pedro Mamede, um happening em que os dois leem um excerto de “Final do Amor” de Pascal Rambert. Voltando à galeria, às 20h, estarão os artistas António Poppe e ari.you.ok com “Palavra Percutida”, com curadoria de Sérgio Hydalgo. Por último, no quarto 5, estará uma instalação sonora do músico Aires.

O evento decorre em várias salas do The Art Gate. O bilhete pode ser reservado online ©DR

Lisboa Mistura

Palácio Pimenta – Campo Grande 245, Lisboa. Sexta a domingo vários horários. Entrada gratuita.

Para matar saudades dos festivais: um evento intercultural que celebra a as artes do mundo com grande foco na música — é assim que se define o Lisboa Mistura ao longo dos último 15 anos de edições. A deste ano decorre entre 25 e 27 de junho no jardim do Palácio Pimenta do Museu de Lisboa, e volta a reunir músicos, artistas e atores sociais que contribuem para a construção e vivência de uma Lisboa inclusiva e multicultural. Na sexta, dia 25, há atuação de Selma Uamusse a quem se juntam convidados como Sara Tavares, Gospel Collective, Rodrigo Leão e Tó Trips, às 20h30. A programação do dia 26 arranca às 17h com um concerto do projeto “D’Improviso – Ritmo e Improvisação” onde se ouvem saxofone, contrabaixo, bateria e guitarra, sendo que às 18h é hora de debate focado em combater a exclusão social e artística explorando os paradoxos da música improvisada ou do jazz. À noite, às 20h30, Stereossauro sobe ao palco também com convidados (Camané, Capicua, Carlão, Chullage, NBC e Ricardo Gordo). Domingo, 27, é dia de encerramento do festival e logo às 15h30 há a já habitual Festa Intercultural, com atuações de artistas da Guiné-Bissau, Macau, Índia, Portugal e Brasil, às 18h há DJ set de CruzFader e às 19h apreentam-se em palco o projeto Oficina Portátil de Artes. A entrada é gratuita, mas sujeita à lotação do espaço, sendo que os bilhetes diários só podem ser levantados no próprio dia (dois por pessoa).

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Selma Uamusse é uma das artistas e vai atuar no primeiro dia do Lisboa Mistura com alguns convidados ©DR

Cavalariça Lisboa

Rua da Boavista, 86, Lisboa. Quarta-feira a sexta 12h30 às 14h30/19h às 22h30 e Sábado 12h30 às 14h30. Reservas: reservaslisboa@cavalarica.com/ 213 460 629.

Para voltar a ser feliz à mesa: o restaurante de Bruno Caseiro, o pop up Cavalariça Lisboa, voltou a abrir portas esta quinta, dia 24, e trouxe uma carta nova com a reabertura. O espaço no Cais do Sodré trouxe para Lisboa em novembro uma amostra do original, aberto na Comporta em 2017. Neste período de pausa, foi criada uma nova carta para o pop up e são agora introduzidos dois menus “Rédea Solta”, uma forma mais casual de menu degustação, onde os clientes ficam na mão do chef. No renovado menu há novidades como gamba-rosa, limão e pele de galinha; kebab de ananás dos Açores e isca de porco alentejano; arroz crocante, beterraba fumada e pinhão; peixe-espada ao vapor, beringela e beurre-blanc de amêndoa; ou couve-flor fumada, dashi vegetal e cogumelos. Da antiga carta mantêm-se o pão de fermentação lenta, a focaccia e o clássico brioche com parfait de aves e chutney de laranja. A carta de vinhos foi igualmente alargada, continuando focada nos pequenos produtores e com algumas opções orgânicas e naturais.

A carta foi toda renovada, ficou apenas o pão, focaccia e o brioche de parfait de aves do antigo menu ©Luis Ferraz

Piqueniques A Chamuçaria

Rua Prof. Carlos Teixeira, 7A, Lisboa. Segunda a sexta 12h às 15h/18h30 às 21h30, Sábado 12h às 21h30. 932 398 021.

Para pegar, trincar e meter na cesta: a Chamuçaria tem um nome auto-explicativo, é um restaurante especializado em chamuças de toda a espécie. Por estes dias, lançaram uma novidade: cestos de piquenique para pegar, levar e aproveitar a refeição num qualquer campo relvado da cidade ou no jardim de casa. No cesto segue a toalha que vai servir de mesa para a refeição e duas opções de menu, o Piquenique Pequeno, que  inclui quatro chamuças salgadas, duas chamuças doces, um mix de chips, uma kurkuriyas (35 euros), e o Piquenique Grande, que  inclui doze chamuças salgadas, quatro doces, dois mix de chips, uma kurkuriyas (60 euros). As chamuças são à escolha entre nove opções salgadas – frango picante, frango, cabrito, camarão, choco e lulas, peixe, batata picante, vegetais e lentilhas amarelas – e três doces – chocolate negro picante, tarte de maçã e a cremosa do chef. As chips são uma combinação de batata, batata-doce e mandioca. As kurkuriyas são tiras salgadas feitas a partir da massa das chamuças, crocantes e coloridas. Os pedidos podem ser feitos na loja ou por telefone, assim como levantados no restaurante ou entregues em alguma morada que o cliente deseje.

Há chamuças de carne, peixe e vegetais, e algumas opções doces para servir de sobremesa ©DR

MaraCakes

Campo Grande, 30D (junto ao edifício da Caixa Geral de Depósitos). Segunda a sábado 10h às 19h.

Para adoçar os dias: faz sucesso no Brasil e agora celebra a sua chegada a Portugal com a primeira confeitaria a abrir no Campo Grande, em Lisboa — a Mara Cakes já abriu com bolos caseiros, prontos a levar inteirinhos para casa ou comer em miniatura individual no local. Os bolos são feitos diariamente para saírem frescos e todo o processo é artesanal, da massa ao recheio, quem o garante é Mara, a brasileira proprietária do espaço. A confeitaria tem três salas interiores e uma esplanada, onde a clientela pode adoçar o bico de manhã até ao final da tarde com brownies de chocolate, cheesecake de avelã, brigadeiros, bolo de frutos vermelhos ou de pistácio — são alguns dos mais pedidos.

Os brownies são um dos bolos mais vendidos na confeitaria ©DR

Exposição “Desenho Baixo Pintura Alta”

Av. Rei Humberto II de Itália, Cascais. Terça a domingo 10h às 18h.

Para visitar o Bairro dos Museus: a Sala Capela do Centro Cultural de Cascais, da Fundação D. Luís I, recebe a exposição “Desenho Baixo Pintura Alta” (até 29 de setembro) da artista plástica Joana Rebelo de Andrade. A mostra é constituída por uma série de pinturas sobre papel produzidas recentemente, onde a artista explora as diferentes volumetrias potenciadas pela materialidade do papel e onde o desenho se revela na superfície plana — no fundo, transformar o desenho numa pintura “alta” através do relevo. A artista propõe aos visitantes que vejam as obras de diferentes ângulos para que possam percecioná-las de diferentes formas.

As obras são construídas com recurso à sobreposição de várias camadas de papel ©DR

Gelado de pastel de nata n’A Fábrica da Nata

Praça dos Restauradores 62 -68, Lisboa. Segunda a sexta 08h às 20h.

Para ser “tuga” até nos gelados: a Fábrica da Nata, onde a estrela que mais brilha é sem surpresas o pastel de nata, preparou-se para o verão da melhor maneira possível — lançando um novo gelado com sabor ao mítico doce português. O gelado é feito a partir da receita original do seu pastel de nata, ou seja, o creme é assado nos fornos da confeitaria e depois passa por um processo de transformação em gelado. A melhor parte, para os gulosos, é a hora de comer, sendo que o novo sabor pode ser comido no copo, dentro da casca do pastel ou mesmo em cima de um pastel de nata, com tudo a que tem direito. A bola custa 2,90 euros e o sabor está disponível nas lojas de Lisboa, Praça dos Restauradores e Rua Augusta, estando prevista a sua chegada em breve a Sintra e à cidade do Porto.

O gelado pode ser comido no copo, dentro da massa ou em cima do pastel ©DR

Rota Gastronómica da Cereja do Fundão

Vários locais. Até 4 e julho em restaurantes de Porto e Lisboa.

Para trazer o Fundão para as grandes cidades: até dia 4 de julho decorre a Rota Gastronómica da Cereja do Fundão que traz a cidade do interior do país e a sua estrela sazonal que é a cereja para vários restaurantes no Porto e em Lisboa, que passam durante este tempo a ter no menu pratos especiais confecionados de alguma forma com este fruto. No Porto, o DOP, DOC e a Casa de Chá da Boa Nova, de Rui Paula, vão ter um prato com cereja, keffir e foie, no Pedro Lemos há outro com cereja, amêndoa e endro. No Euskalduna, do chef Vasco Coelho Santos, será uma especialidade com lírio e cereja, no Semea serve-se atum com gaspacho de cereja e no Fava Tonka um prato com cereja, espargo branco e sabugueiro. Em Lisboa, Vítor Sobral apresenta na Tasca da Esquina sardinha frita com arroz de tomate, cereja e manjericão, enquanto no Joachim Koerper, no Eleven, serve cereja do Fundão, figo de Santo António e manjericão. No Frade, de Carlos Afonso, há sorbet de cereja e no Zunzum um parfait de iogurte e cerejas. No Sála, o chef João Sá juntou o fruto ao queijo de cabra e sementes de abóbora, enquanto que Luís Gaspar, na Sala de Corte, serve tártaro de vaca maturada com cerejas e avelã. No The Oitavos,  Cyril Devilliers apresenta um clafoutis de cerejas do Fundão e gelado de baunilha.

São vários os restaurantes de Lisboa e Porto a ter pratos especiais durante duas semanas ©DR

Nova loja Arcádia

Rua do Passeio Alegre, R/C 320, Porto. Domingo a quinta 08h às 23h, sexta e sábado 08h às 00h.

Para passear à beira-rio com uma pausa histórica: a Arcádia tem uma nova casa na Foz do Douro, acabadinha de inaugurar e além de loja — com chocolates e amêndoas — tem também serviço de cafetaria e refeições ligeiras, isto sem esquecer a zona de gelataria. A loja, na Rua do Passeio Alegre, tem uma área jeitosa com lugares sentados e um corner independente para a loja de chocolates; no exterior há uma agradável esplanada com vista para o Douro. O menu de cafetaria e refeições ligeiras foi renovado e há agora opções para o lanche, como crepes e waffles doces, taças de gelado e taças de açaí, onde se destaca o açaí Arcádia, uma criação da marca com macarons e bolachas Arcádia, caramelo salgado e hortelã. Na carta há também várias sanduíches, tostas, saladas e bowls, hambúrgueres, pregos, ou crepes, waffles e scones salgados. Para empurrar a comida, a Arcádia apostou em algumas bebidas firas de café.

Além de sala interior, a nova loja tem também uma esplanada com vista para o rio ©DR

The Yeatman

Rua do Choupelo, Vila Nova de Gaia.  Terça a sábado turnos às 19h e às 20h.

Para comer num céu estrelado: com duas estrelas Michelin e ao comando de Ricardo Costa, o The Yeatman reabre com nova carta e nova decoração. Neste último aspeto, a sala ganhou novos tons mas mantém a sua pièce de résistance: a vista sobre o Douro e a cidade do Porto. A experiência agora pode começar no bar, onde são servidos os primeiros aperitivos e no decorrer do menu é ainda possível que um dos pratos seja servido na cozinha, o que permite ao cliente estar em cima da dinâmica do chef e da equipa no espaço onde a magia acontece. O novo menu “Evolução de Aromas” é a nova joia da coroa, de onde saltam à vista pratos como o pregado selvagem, o leitão e a vaca velha, com spring roll, natas ácidas e especiarias. Nas sobremesas, regressa o “novo clássico”, que evoca as memórias de infância da Costa Nova, de onde o Chef é natural. Remata-se tudo com um dueto de ovos moles, servidos gelados, e com a tripa de chocolate. Nos vinhos, a carta também levou uma volta, para apresentar uma diversidade de regiões e perfis de vinhos nacionais.

A reabertura do restaurante marca a segunda década de vida do hotel ©DR

GeoPalcos

Pedreira de grés – Vale Fuzeiros. Sábado 21h. Inscrições: cultura@cm-silves.pt

Para ver artistas no meio da natureza: os municípios de Loulé, Silves e Albufeira e a Universidade do Algarve, responsáveis pela candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO, têm em mãos um conjunto de eventos culturais, os GeoPalcos Arte.Ciência.Natureza, onde as artes se encontram com o território. Será a partir de uma dezena de geossítios, e outros locais inusitados, que se desenvolve este projeto, que pretende ser bianual. Do programa completo, destaca-se a 26 de junho, em Silves, o “Fado & Blues, o Casamento na Pedreira” de Vítor Bacalhau e Ricardo Martins, um projeto de fusão de música identitária de dois países de lados diferentes do Atlântico, que conta com também com um espetáculo Multimédia dos alunos da Escola Secundária de Silves. A programação completa pode ser consultada aqui.

O espetáculo de sábado decorre no Vale Fuzeiros, em Silves ©DR

Dias da Percussão de Portimão

Vários locais de Portimão. De 25 a 27 de junho.

Para se pôr à escuta: a cidade será uma espécie de capital da percussão entre 25 e 27 de junho, nesta que é a primeira edição dos Dias da Percussão Portimão (DPP) que entrarão em diálogo com a comunidade e artistas residentes na região do Algarve. O festival faz uma mostra do mundo eclético da percussão com uma programação que inclui concertos, desfiles, oficinas e masterclasses desde a música tradicional, à contemporânea, clássica e até jazz. O primeiro concerto da programação acontece na sexta, às 19h, no Grande Audiitório do – Teatro Municipal de Portimão e um no Auditório Municipal de Portimão, com João Guimarães que apresenta o seu mais recente trabalho “Um”. No mesmo local, no sábado, sobe ao palco a dupla Isabel Vaz e Vasco Dantas, um duo de violoncelo e piano.

“Nunca mais é sábado” é uma rubrica que reúne as melhores sugestões para aproveitar o fim de semana.