A Infraestruturas de Portugal está a estudar uma solução idêntica à já encontrada para Aveiro para servir as cidades de Coimbra e Leiria. Em causa, escreve o Público, uma espécie de “autoestrada ferroviária”, sem que o comboio tenha que fazer desvios para servir as cidades, mas estas possam, de facto, usufruir da linha de alta velocidade.
Nos planos sempre esteve uma ligação direta entre Lisboa e Porto e outros comboios que possam efetuar paragens em Leiria, Coimbra e Aveiro, daí que a solução agora em estudo pretenda maximizar a velocidade entre Lisboa e Porto sem prejudicar o acesso às outras três cidades.
A ideia é que o comboio que não faça paragens demore cerca de 1hora e 10 minutos entre Lisboa e Porto já que com desvios para as três cidades esse tempo aumentaria para cerca de 1hora e 30 minutos.
Em Aveiro, por exemplo, serão as estações de Oiã (sul) e Canelas (norte) que facilitarão o desvio dos comboios de alta velocidade para a linha do Norte, permitindo que sirva a estação de Aveiro e regressem depois à linha principal de alta velocidade.
Em Coimbra a Infraestruturas de Portugal diz que “estão a ser ponderados dois cenários alternativos”, um que implica a construção de um túnel ou viaduto para atravessar o Mondego e outro que supõe a criação de um desvio “algures entre Alfarelos e Taveiro” para que o comboio posso entrar na linha do Norte, chegar a Coimbra B e depois regressar à zona de “Souselas onde um outro desvio lhes permitiria prosseguir novamente pela linha de alta velocidade”.
Já em Leiria, cujos estudos ainda não avançaram, mas a IP admite que poderá ser retomada a solução já antes estudada pela RAVE (Rede Ferroviária de Alta Velocidade), isto é, seguindo o que está a ser pensado para Aveiro e Coimbra, poderão ser criados dois desvios na linha do Oeste (implicando a duplicação da linha naquele troço específico).
Mais certa parece a hipótese de que a linha de alta velocidade comece apenas no Carregado. Ao invés de construir um troço completamente novo entre Lisboa e Carregado, a ideia é utilizar a já existente linha do Norte para fazer circular os comboios de alta velocidade já que a demora é de apenas mais três minutos.
