Várias dezenas de pessoas juntaram-se esta quarta-feira na Academia Militar, em Lisboa, e no crematório de Alcabideche, em Cascais, onde decorreu o funeral, numa cerimónia reservada a familiares e amigos mais próximos, para prestar uma última homenagem a Otelo Saraiva de Carvalho, que morreu no passado domingo, aos 84 anos.

O corpo do estratega da Revolução de 25 de Abril de 1974 foi levado na manhã desta quarta-feira para o Centro Funerário de Cascais, em Alcabideche, onde o esperavam dez militares da secção de Artilharia Antiaérea N. º1 do Exército. O cortejo fúnebre partiu pelas 12h45 da Academia Militar, em Lisboa, onde o corpo de Otelo Saraiva de Carvalho esteve em câmara ardente na terça-feira. No caixão, foi colocada a bandeira portuguesa.

O último adeus a Otelo Saraiva de Carvalho. Os sons que marcam as cerimónias fúnebres

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Tanto num local como noutro, dezenas de pessoas juntaram-se para prestar uma última homenagem: ouviram-se cânticos de apoio a Otelo Saraiva de Carvalho e cantou-se a “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso. “Obrigado, Otelo”, lia-se num cartaz levado por um dos populares.

Além disso, tal como aconteceu no dia anterior, durante o velório, dezenas de manifestantes exigiram que o Governo decretasse luto nacional pela morte do capitão de Abril.

No local, estavam pessoas com cravos ao peito e na mão e houve momentos de grande comoção, com lágrimas no último adeus do capitão de Abril, figura controversa devido ao papel que teria nas FP25 após a Revolução de 1974.

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