É mais um capítulo numa guerra local que transborda as fronteiras do PS Braga. Se a escolha do candidato socialista pela capital de distrito, que recaiu sobre Hugo Pires, já tinha incendiado as estruturas e atingido a direção nacional, o conflito não terminou por aí. Agora, com as listas apresentadas, surge uma nova polémica: é que essas listas — que incluem novidades e uma espécie de ‘varridela’ nos nomes atuais do PS em Braga — nunca foram votadas.

A reclamação é feita por várias fontes que estiveram presentes na reunião de cinco horas em que as listas foram apresentadas já como facto consumado, esta segunda-feira, à concelhia de Braga. Foi nesse encontro que Hugo Pires, que é membro da Comissão Permanente do PS e vice-presidente da bancada parlamentar — tido como próximo de Ana Catarina Mendes — apresentou a lista de nomes para a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal, mas sem os levar a votação.

O próprio candidato confirma esta informação ao Observador: “Os nomes não foram votados porque este é um processo dirigido pela direção nacional do PS”, justifica, acrescentando que dentro da reunião “ninguém pediu” que houvesse votação. No entanto, os estatutos do partido, no capítulo em que definem as competências das concelhias, indicam que é sua responsabilidade, por um lado, “desencadear e assegurar o cumprimento do processo de designação dos candidatos autárquicos municipais” e por outro “aprovar as restantes listas de candidatos aos órgãos autárquicos municipais do respetivo concelho”.

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