Dizer que o badminton é um dos desportos favoritos dos indonésios não é propriamente uma surpresa. Imaginar que uma medalha de ouro no badminton ia deixar os indonésios com vontade de dar mundos e fundos às responsáveis pela proeza, porém, era difícil. Mas é isso que está a acontecer com Apriyani Rahayu e Greysia Polii, a dupla de 23 e 33 anos que esta segunda-feira venceu a China na final feminina de pares e conseguiu sagrar-se campeã olímpica.

As duas indonésias bateram as chinesas Chen Qingchen e Jia Yifan por dois sets na final, 21-19 e 21-15, e confirmaram o poderio do país no badminton: todas as oito medalhas de ouro olímpicas da Indonésia foram conquistadas no badminton e desde 1992, em Barcelona, só falharam vitórias na modalidade em Londres 2012. Nos últimos 30 anos, os indonésios chegaram ao ouro nas cinco vertentes olímpicas do badminton, um feito impressionante que só é igualado pela China. Mas o facto de ser já um hábito, novamente, não impediu o país de recompensar Rahayu e Polii.

O governo da Indonésia, logo à partida, já anunciou que vai entregar cerca de cinco milhões de rupias às duas atletas, algo como 295 mil euros. Depois, inúmeras empresas e entidades privadas já anunciaram planos para oferecer diversos presentes à dupla — uma promotora imobiliária vai dar um apartamento a cada uma em Jacarta, uma produtora de café vai disponibilizar café até ao fim da vida de Rahayu e Polli, uma marca tecnológica vai oferecer telemóveis novos às duas e várias publicações, entre revistas e jornais, vão ofertar subscrições perpétuas.

À parte tudo isso, surgem depois os presentes mais surpreendentes. O autarca de Konawe, a região de onde é natural Apriyani Rahayu, já confirmou que o município local vai oferecer cinco vacas e um terreno à campeã olímpica. Independentemente das prendas, algo é certo: as duas atletas, que ainda não deixaram o Japão, serão recebidas na Indonésia como autênticas heroínas.

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