Arrancou ontem e estende-se até 16 de Agosto, uma campanha que visa alertar para os riscos de exceder os limites de velocidade na estrada. A iniciativa, promovida pela Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR) em parceria com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP), é apoiada pela Volvo, construtor nórdico que foi o primeiro a fixar uma velocidade máxima de 180 km/h para os modelos novos que vai lançando no mercado. Opção em que a Volvo foi seguida pela Renault e pela Dacia, sempre com o argumento que baixar a velocidade máxima diminuirá o número de acidentes graves, reduzindo, consequentemente, as fatalidades e os feridos graves.

Renault e Dacia juntam-se à Volvo: limite 180 km/h

“O excesso de velocidade é uma das principais causas dos acidentes nas estradas sendo responsável por mais de 50% das infracções registadas”, refere a Volvo em comunicado, reiterando que impedir o condutor de superar determinado limite é um mecanismo que permite salvar vidas, pois “as pesquisas mostram que, em média, os condutores têm uma compreensão insuficiente dos perigos da velocidade”, o que os leva a “conduzir demasiado depressa, apresentando pouca adaptação da velocidade em relação à situação do tráfego e ao estado da via”.

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O seu próximo Volvo não vai dar mais que 180 km/h

A campanha de prevenção da ANSR, chamada “Viajar sem pressa”, visa precisamente alertar os condutores para os perigos em que incorrem e para os riscos que colocam aos outros por excederem os limites legais de velocidade fixados, dividindo-se em acções de sensibilização e em operações de fiscalização, levadas a cabo em simultâneo (para saber onde e quando, clique aqui).

Acreditamos que um construtor tem a responsabilidade de ajudar a melhorar a segurança rodoviária. A tecnologia de limitação de velocidade que introduzimos e a discussão que ela iniciou encaixam-se nesse pensamento. Além disso, estamos a proporcionar mais tranquilidade e a motivar melhores comportamentos dos condutores”, defende a responsável máxima pela área de segurança da Volvo Cars, Malin Ekholm.

Todos os automóveis comercializados na Europa têm de cumprir determinadas normas de segurança, o que os obriga a estarem equipados com tecnologias específicas e a serem estruturalmente projectados de forma a reduzir danos em caso de embate violento. A Volvo, que tem na segurança a sua máxima prioridade, entende que isso só não chega, na medida em que “a partir de determinados valores e em caso de acidente, a tecnologia do veículo e a sua estrutura não conseguem evitar ferimentos graves ou mesmo fatalidades”. Daí que o construtor sueco tenha optado por apontar baterias a outra “variável”: o condutor. Monitorizar a atenção deste ao volante e garantir que não pode conduzir sob o efeito do álcool ou de outras substâncias são os passos seguintes, com a promessa que os futuros modelos da marca vão apresentar soluções neste âmbito.