Sp. Braga e Sporting começaram a época em Aveiro, na Supertaça de Portugal, num jogo que começou com uma intensidade impressionante para o primeiro encontro da temporada portuguesa. Os bracarenses começaram a ganhar, os leões deram a volta, toda a gente quis pressionar alto e colocar o seu jogo e habilidades em campo. Todos à procura da vitória, como sempre, mas com atitudes muito semelhantes.

Este sábado, em Braga, no entanto, as coisas não foram assim. Nada assim. A equipa de Rúben Amorim não esteve tão rápida como é habitual, nem conseguiu fazer balançar o adversário como tanto gosta, nem explorar as costas dos arsenalistas. A postura do Sp. Braga vai ao encontro do que o treinador Carlos Carvalhal disse na antevisão, que os jogadores deviam ser “humildes” e estar “unidos dentro de campo”.

“Temos de ser humildes, trabalhadores e de respeitar um adversário que está forte. Temos de ser unidos dentro do campo, em comunhão com os nossos adeptos, e de tentar ganhar pontos no jogo de amanhã [sábado], obviamente com o desejo de ficar com os três pontos. Só com o apoio da nossa massa associativa e uma união muito forte dentro de campo poderemos vencer o Sporting”, afirmou Carvalhal.

E, apesar de os cânticos mais barulhentos serem os dos adeptos do Sporting, que começaram logo com o “campeões, campeões, nós somos campeões”, os adeptos bracarenses iam apoiando a sua equipa que, ao contrário da Supertaça, adotou uma postura de “venham lá”, sem qualquer tom pejorativo.  O Sp. Braga apenas não pressionou super alto e deixou o Sporting ter a bola. O problema? Os leões são muito pressionantes e os arsenalistas jogavam quase sempre longo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sem grandes chances de golo para os dois lados, Jovane desbloqueou o jogo aos 40′ com um belo golo de cabeça após cruzamento de Ricardo Esgaio. Já naquilo a que se pode chamar uma má posição, o 10 dos leões cabeceou certeiro ao segundo poste.

Aqui, o Sp. Braga foi obrigado a ter mais bola e a verdade é que criou perigo, com quase a acontecer um dos golos do ano, com Fábio Martins a rematar de “letra” para uma excelente defesa de Adán. Ao intervalo, a eficácia do Sporting, uma das imagens de marca dos campeões nacionais, fazia a diferença. 1-0 no fim dos primeiros 45 minutos, com as equipas a baixarem e levantarem a intensidade consoante o jogo, mas este foi tendencialmente morno… Ou seja, tendencialmente a favor do Sporting, a equipa mais forte.

E sem sabermos o que Carlos Carvalhal disse aos seus jogadores ao intervalo de modo a darem a volta ao jogo, tudo ficou desfeito logo aos 50′, quando uma excelente jogada do Sporting, que começou em Matheus Nunes, a aguentar muito a bola pressionado sobre vários jogadores, deu numa viragem de flanco. A bola chegou a Jovane que deu a Pedro Gonçalves. Pote teve alguns segundos dentro da área e fez “facilmente” o 2-0, escolhendo onde queria meter a bola.

A perder por 2-0, o Sp. Braga estava obrigado a ir atrás do jogo e deixar a expetativa, claro, e com isso o jogo animou para os dois lados. No entanto, sem grandes chances de golo.

A faltar 20 minutos as coisas animaram mas não pelos melhores motivos. Quezílias, amarelos, passes falhados. Continuava o jogo que, principalmente depois do golo de Jovane, dava jeito à equipa verde e branca.

Mas com Matheus Reis, que saiu do banco, a ver dois amarelos muito rapidamente e a deixar a equipa do Sporting a jogar com 1o’, o Sp. Braga tinha dez minutos para tentar algo diferente, um golo, relançar o jogo, algo mais.

Destaque ainda para Roger, que com 15 anos e alguns dias se tornou o jogador mais jovem de sempre a jogar na I Liga. Depois disso, Adán negou outra vez Iuri Medeiros. Que bom é ter um guarda-redes que passa muito tempo “sossegado” e depois “saca” uma ou duas defesas decisivas. O espanhol negou o 2-1, a que não conseguiu dizer “não” quando Abel Ruiz reduziu o marcador. Os bracarenses e os seus adeptos ainda se animaram, mas já não chegou para o empate.

Sempre com derrotas frente ao Sporting de Rúben Amorim, o Sp. Braga fez a Supertaça “a mil” e este sábado optou por algo diferente. Não resultou, segue o campeão nacional com duas vitórias em dois jogos, passando desde já um teste muito difícil e logo à segunda jornada.