A Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe anunciou esta quarta-feira que já entregou os materiais para a votação nos círculos da diáspora e que no sábado chegam ao país os materiais para a segunda volta das presidenciais são-tomenses.

Numa nota enviada à Lusa, a embaixada portuguesa indica que “os boletins de voto, as atas de apuramento” e outros materiais de apoio à segunda volta das eleições presidenciais chegarão no sábado ao país.

A embaixada também “informa que foram já entregues na Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal os boletins de votos e as atas, para permitir o exercício do direito de voto pelos eleitores santomenses recenseados na diáspora“.

A missão diplomática de Portugal no arquipélago são-tomense refere que também chegará ao país “uma missão de assessoria técnica, da Administração Eleitoral do Ministério da Administração Interna de Portugal, com o objetivo de apoiar a Comissão Eleitoral Nacional no escrutínio e apuramento dos resultados”.

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Estes materiais, segundo a nota da representação diplomática de Portugal, foram adquiridos pela Cooperação Portuguesa, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, “em resposta ao pedido apresentado pelas autoridades são-tomenses, e constitui um apoio tradicional aos processos eleitorais em São Tomé e Príncipe.”

O atraso na chegada dos materiais eleitorais foi um dos motivos apresentados pelo grupo parlamentar do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP/PSD) para adiar a segunda volta de 29 de agosto para 05 de setembro.

O líder parlamentar do MLSTP/PSD, Danilo Santos, disse ontem durante o debate parlamentar que “existem atrasos com boletins [de voto]” que deveriam ter chegado ao país há uma semana.

O deputado e líder parlamentar da Ação Democrática Independente (ADI), Abnilde Oliveira, defendeu no parlamento que Portugal, que está a ajudar o país neste processo, é “um parceiro seguro”, e por isso os boletins de voto chegariam a São Tomé e Príncipe no fim de semana, permitindo a realização da eleição em 29 de agosto de acordo com a proposta inicial da Comissão Eleitoral Nacional.

Os 28 deputados do MLSTP/PSD e da coligação PCD/MDFM/UDD que formam a maioria parlamentar decidiram pela realização da segunda volta das eleições presidenciais em 05 de setembro, contra 23 deputados da ADI que defenderam a realização do escrutínio em 29 de agosto.

A primeira volta realizou-se em 18 de julho, tendo passado à segunda volta os candidatos Carlos Vila Nova, apoiado pelo ADI, e Guilherme Posser da Costa, apoiado pelo MLSTP/PSD.

Segundo o calendário eleitoral inicial, a segunda volta estava prevista para 08 de agosto, mas o processo atrasou-se após um contencioso judicial na sequência de reclamações sobre os resultados da primeira volta por parte do terceiro classificado, e presidente do parlamento, Delfim Neves.