O CEO da BMW, Oliver Zipse, anunciou numa entrevista à Bloomberg que o grupo germânico que inclui a Mini e a própria BMW pretende quase duplicar o investimento em baterias. Destinadas à gama de veículos eléctricos que o grupo tem em preparação, este anúncio dá uma ideia da aposta da empresa dirigida por Zipse nos veículos alimentados por energia armazenada em acumuladores.

De acordo com o gestor, o Grupo BMW, que tinha recentemente afirmado que pretendia investir 12 mil milhões de euros em baterias, vem agora informar que a verba em causa dá um salto impressionante para 20 mil milhões de euros. Isto abrange o incremento da produção para os veículos eléctricos que já estão no mercado, bem como aqueles cuja comercialização será iniciada em breve, como é o caso da berlina i4 e do SUV de grande porte iX.

Na informação revelada à Bloomberg, espanta o facto de a BMW estar a investir na compra de baterias a fornecedores externos, em vez de criar fábricas e desenvolver os seus próprios acumuladores, de forma a tentar ultrapassar nas baterias os principais concorrentes. Ao adquirir a terceiros as baterias de que necessita, as “peças” que são consideradas como as mais importantes e dispendiosas de um automóvel eléctrico moderno, a BMW evita investimentos ainda mais avultados, que seriam necessários caso optasse por construir uma gigafactory de células para acumuladores, solução que garantiria a redução do custo unitário das baterias.

Zipse recorda que as encomendas de células foram contratadas com a CATL, Samsung SDI, Northvolt AB e Eve Energy. O gestor afirma ainda que está convencido que “a crise dos chips vai piorar na segunda metade do ano”, admitindo mesmo que “se irá prolongar durante muitos meses”.

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