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BYD Seal, o eléctrico chinês para enfrentar o Model 3 e o BMW i4

O Seal pode não ser o único eléctrico da BYD à venda em Portugal, mas é o mais sofisticado e evoluído, destinado a disputar o mercado com referências como o Tesla Model 3 e o BMW i4.

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A BYD já propunha aos condutores nacionais os eléctricos Han, Tang, Atto 3 e Dolphin, mas em Janeiro deste ano reforçou a oferta de modelos a bateria com a introdução do Seal, uma berlina que se assume como um dos modelos mais modernos e avançados da gama deste construtor chinês, que é o maior e o mais respeitado entre os oriundos daquela região do globo. Mais compacto do que o Han, o novo Seal faz parte da nova geração de veículos eléctricos da marca, que oferece mais eficiência e tecnologia. Mas vai ter de enfrentar uma forte concorrência já presente no mercado, onde destacamos o BMW i4 e o Tesla Model 3.



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Com 4,800 m de comprimento, 1,875 m de largura e 1,460 m de altura, o BYD Seal alinha pelas dimensões do i4 e do Model 3, impondo-se pela maior distância entre eixos (2,920 m face a 2,856 m e 2,875 m), o que deixa antever uma maior distância ao banco da frente para quem viaja sentado atrás, disponibilizando mais espaço para as pernas. Lá atrás, na mala, há 400 litros para bagagens, ligeiramente abaixo da concorrência devido à forma descendente da traseira (425 para o Tesla e 470 para o BMW), o que acaba por ser compensado pela frunk com 53 litros (o Model 3 tem 88 litros, mas o BMW não oferece esta solução).

A bagageira e a "frunk" do BYD Seal

Seal bate BMW i4 em aerodinâmica em peso

Apesar das linhas fluídas e aerodinâmicas – a marca reivindica um Cx de 0,22, o mesmo da Tesla e melhor do que a BMW, que anuncia 0,24 para as versões com um motor e pneus mais pequenos e 0,25 para a de dois motores –, a estética da carroçaria é distinta do habitual, de acordo com o bom gosto europeu, mas não falta personalidade à berlina da BYD.

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O Seal é igualmente o 2.º melhor em matéria de peso, com a versão com apenas um motor atrás (RWD) a anunciar 2052 kg, apesar de montar uma bateria com 82,2 kWh brutos, face aos 1840 kg do Model 3 (com bateria de 60 kWh úteis) e aos 2065 kg do i4 com bateria de 70,2 kWh brutos (ou 67 kWh úteis). Se compararmos as versões AWD com dois motores, então o Seal reivindica 2185 kg, contra 1903 kg do Model 3 e 2290 kg do i4, com este a ser penalizado por ser o único que não recorre a uma plataforma específica para veículos eléctricos, mas sim uma base herdada dos modelos com motores a combustão.

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Como está o BYD em matéria de potência e autonomia?

A maioria dos veículos deste segmento disponibiliza berlinas com diferentes versões e o BYD Seal não é excepção. Os potenciais clientes deste modelo têm à disposição duas versões, respectivamente a Design, com apenas um motor instalado no eixo posterior e tracção atrás (RWD), e a Excellence, com dois motores, um por eixo, para assim garantir a tracção integral do sistema AWD. O mais curioso é que como o Seal monta a mesma bateria nas duas versões, o preço entre as duas versões está apenas separado por uma diferença de 1000€, o que favorece claramente a versão mais possante.

De recordar que a nova plataforma da BYD, a que o Seal recorre, permite-lhe utilizar à tecnologia Cell to Body (vídeo acima), que se traduz na integração do pack de baterias na estrutura do chassi – há apenas uma outra marca que recorre a esta tecnologia –, poupando peso e reforçando a robustez da plataforma.

É ainda curioso que, ao contrário da concorrência que forma a bateria com células que assentam sobre a química NCM (de níquel, cobalto e manganês), a BYD optou por fosfato de ferro e lítio (LFP), com menos densidade energética, em peso e volume, o que compensa em termos de custos, de longevidade (por garantir um número superior de ciclos carga/descarga) e de resistência à tendência para se incendiar em caso de acidente ou impacto que lhe faça perder líquido de refrigeração. E o construtor chinês prova isto mesmo com o seu teste da perfuração de uma célula com um prego:

Entre os RWD, o Seal Design monta uma unidade motriz com 313 cv, alimentada pela bateria com 82,2 kWh de capacidade bruta, que recarrega a 150 kW em corrente contínua (DC), potência que desce para 11 kW em corrente alternada (AC). Isto permite ao Seal anunciar 570 km de autonomia, segundo o método europeu WLTP. Face a estes valores, a Tesla responde com o Model 3, também ele apenas com tracção traseira e 283 cv, mas com uma bateria com somente 60 kWh que lhe assegura um peso inferior, recarregável a 170 kW em DC e 11 kW em AC. Mas o modelo norte-americano revela-se mais eficaz e anuncia 513 km com jantes 19” e 554 km com 18”.

Já a BMW, na ânsia de propor um i4 mais acessível, não oferece uma, mas sim duas versões com apenas um motor. A mais acessível é a eDrive35, equipada apenas com um motor atrás com 286 cv e a bateria mais pequena, com 67 kWh de capacidade (recarregável a 180 kW em DC e 11 kW em AC), o que lhe limita a autonomia a somente 482 km (com jantes 17”). Para quem deseje maior autonomia, o construtor alemão propõe o eDrive40, que alia 340 cv a uma bateria com 80,7 kWh úteis (205 kW/DC e 11 kW/AC), permitindo à berlina alemã percorrer até 589 km entre carregamentos.

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Entre as versões mais potentes, com dois motores e tracção AWD, o Seal oferece a versão Excellence com um total de 530 cv, o que lhe permite atingir os 0-100 km/h em apenas 3,8 segundos, a que junta uma autonomia de 520 km entre recargas, tudo isto com um peso de 2185 kg. Enquanto isso, o Model 3 Long Range anuncia 498 cv e 1903 kg, mas monta uma bateria maior do que a utilizada pela versão RWD, com 75 kWh úteis, que lhe assegura 0-100 km/h em 4,4 segundos e uma autonomia de 629 km com jantes de 19” e 678 km com jantes 18”.

A versão AWD do BMW i4 possui uma orientação distinta e vincadamente mais desportiva, o que se depreende até pela sua denominação: i4 M50, com 2290 kg. Associados à bateria com 80,7 kWh úteis, os 544 cv desta berlina permitem atingir 225 km/h e os 100 km/h em 3,9 segundos, o que ainda assim não o impede de ser batido pelos 3,8 segundos do Seal. A berlina da BYD não possui uma versão directamente concorrente, mas lá chegará, um pouco à semelhança da Tesla, que ainda não começou a oferecer o Model 3 Performance que comercializava na anterior versão. De recordar que esta versão chegava aos 261 km/h e passava pelos 100 km/h ao fim de apenas 3,4 segundos, pelo que a próxima não lhe ficará atrás.

Como está o Seal em termos de eficiência e preço?

Para os clientes que procuram a versão mais acessível das berlinas eléctricas com 4,8 metros de comprimento, o Seal Design RWD é proposto por 46.990€, acima do Model 3, mas com uma vantagem confortável de praticamente 10.000€ sobre o BMW i4 eDrive35 (56.900€), com substancialmente menos capacidade de bateria e, logo, de autonomia. Em relação ao i4 eDrive40 (64.100€) a vantagem é de 17.000€, cuja bateria é similar à que equipa o Seal RWD, anunciando igualmente valores próximos em termos de potência, velocidade máxima, arranque e autonomia.

Se o potencial cliente da BYD pretender maior potência e uma capacidade de aceleração mais dinâmica, optando pelo Seal Excellence AWD, com dois motores e 530 cv, então a berlina de quatro portas é substancialmente mais competitiva face aos concorrentes alemão e norte-americano. Ao ser proposta por 47.990€, esta versão do Seal fica 1000€ mais barata do que o Model 3 Long Range – que continua a referência em autonomia e eficiência –, mas a diferença face ao BMW i4 M50 ronda 29.000€, isto apesar de o BYD usufruir de uma ligeira vantagem em capacidade de aceleração e autonomia, com o BMW a anunciar uma velocidade máxima superior. Com mais vantagens do que desvantagens face ao rival germânico, o BYD Seal prova o seu valor e assume-se como um concorrente a considerar.

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