Investigadores da Universidade Macquarie, em Sydney (Austrália), concluíram, num estudo publicado quarta-feira na revista científica The Royal Society, que a razão pela qual os tubarões atacam humanos se deve ao facto de estes animais confundirem pessoas com focas ou leões marinhos.

Segundo o comunicado da universidade australiana, pessoas a nadar ou a praticar alguma atividade que envolva uma prancha são facilmente confundidas como sendo as suas presas principais destes animais. Tubarões brancos, tubarões-touro, e tubarões tigre são as espécies com mais ataques a seres humanos reportados.

Os cientistas compararam vídeos de focas com imagens de humanos a nadarem ou a utilizarem pranchas de diferentes formas e tamanhos e confirmaram a já existente teoria que atribuía as dentadas de tubarões em humanos a um engano.

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“Colocámos uma Go-pro num veículo subaquático programado para se deslocar à velocidade normal de um tubarão”, afirmou Laura Ryan, autora principal do estudo científico.

Utilizando uma base de dados já existente de neurociência dos tubarões, os investigadores conseguiram simular a forma como um destes animais vê movimentos e formatos de variados objetos.

De acordo com a CNN, a maioria das espécies de tubarões são daltónicas, contribuindo para o número de ocorrências de ataques.

Compreender a razão pela qual dentadas de tubarões ocorrem poderá ajudar-nos a encontrar formas de as prevenir”, concluiu a investigadora.

Apesar do medo inerente que o ser humano tem de tubarões, a probabilidade de ocorrência de ataques é ínfima. Segundo o site do Instituto Australiano de Ciência Marinha, entre 1970 e 2000, nos Estados Unidos da América apenas 12 pessoas morreram devido a ataques de tubarões. Em contraste, o site aponta que anualmente morrem 150 pessoas atingidas por cocôs.