Um SUV com pouco mais de três metros e meio de comprimento é a mais recente aposta da Toyota. Pequeno, ágil e urbano, o Aygo X vai substituir o citadino Aygo e exibe formas ousadas e atraentes – o que ajuda sempre –, mas com músculo e personalidade. Para ser competitivo em matéria de custos, os japoneses montaram-no sobre a mesma plataforma já utilizada pelo Yaris, o seu irmão maior e o utilitário da Toyota que começa a atingir volumes de venda preocupantes (para a concorrência).

Ao contrário da generalidade dos restantes fabricantes, a Toyota está apostada em não abandonar os citadinos, modelos tão pequenos quanto baratos, ideais para quem não necessita de muito espaço ou vive numa grande cidade. Até aqui o construtor japonês, que é simultaneamente o maior do mundo, tinha no Aygo o seu veículo de eleição neste segmento. Mas este, para ser viável, tinha de ter uns “irmãos” com emblema Peugeot (107) e Citroën (C1). Sucede que estas duas marcas da ex-PSA desistiram da presença do segmento, pelo que a Toyota decidiu avançar sozinha, tanto mais que possui uma fábrica na República Checa para viabilizar.

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O novo Aygo X (ler Aygo Cross), que vai chegar ao mercado em 2022, está instalado sobre a mesma plataforma do Yaris, a GA-B da Toyota, que irá servir de base, além deste Aygo X e do Yaris, ao Yaris Cross. Comparado com o Aygo que visa substituir, o Aygo X é 23,5 cm mais comprido e 12,5 cm mais largo, o que se compreende por ser um modelo do segmento A (dos citadinos), mas recorrer a uma plataforma do segmento B (utilitários). E a decisão de trocar um citadino por um SUV explica o salto de 5 cm dado em matéria de altura, com a distância entre eixos a evoluir igualmente e nada menos do que 9 cm, o que deixa antever um espaço substancialmente superior para quem se senta atrás. Os dados avançados pela marca confirmam o incremento, uma vez que, de acordo com a Toyota, há mais 4,5 cm ao nível dos ombros nos lugares traseiros, com os dianteiros a estarem 5,5 cm numa posição mais elevada, com vantagens para a visibilidade. A mala também cresce, evoluindo dos 168 litros do Aygo para 231 dm3 do Aygo X.

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De momento, o mini SUV japonês monta apenas um motor, o 1.0 com três cilindros a gasolina que debita 72 cv. Nada de soluções híbridas ou híbridas ligeiras, pelo menos para já, isto apesar de a GA-B prever essa possibilidade, como é possível constatar no Yaris e Yaris Cross.

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Se o motor é apenas um, as caixas de velocidades são duas, com a mais simples e barata a ser manual com 5 relações para a frente e a mais sofisticada uma CVT. Para o utilizador, a caixa manual permite ao Aygo X ser mais veloz (158 km/h, em vez de 151), mais económico (4,7 l/100km, em vez de 4,9) e ligeiramente menos rápido (15,6 segundos de 0-100 km, em vez de 15,5).

De acordo com a Toyota, o novo Aygo X iniciará a comercialização no nosso país no segundo trimestre do próximo ano, mais provavelmente no início deste período, perspectivando-se Abril ou Maio. Os preços ainda não são conhecidos, mas se tivermos em conta que um Yaris com uma mecânica equivalente é proposto por cerca de 18 mil euros e este Aygo X é posicionado ligeiramente abaixo do utilitário japonês, é expectável um valor abaixo desta fasquia.