A Nicarágua realiza este domingo eleições gerais, que devem dar ao Presidente Daniel Ortega, 75 anos, o seu quarto mandato consecutivo, após 14 anos no poder.

Além de Ortega, os cinco candidatos que disputarão o cargo são considerados “cúmplices do poder”. Os sete potenciais adversários mais ameaçadores foram detidos.

Uma grande parte da comunidade internacional nega qualquer legitimidade ao escrutínio. Para o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o processo eleitoral “perdeu toda a credibilidade”, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou-o uma “farsa”.

Nos últimos meses, a perseguição aos opositores foi contínua e desde junho foram detidas 39 pessoas, entre personalidades políticas, empresários, camponeses, estudantes e jornalistas.

Segundo uma sondagem da Cid-Gallup, se pudessem escolher, 65% dos 4,3 milhões de eleitores votariam num candidato da oposição e só 19% no Presidente cessante.

O governo recusou os observadores independentes e jornalistas de vários media internacionais foram proibidos de entrar na Nicarágua.

Além do presidente e vice-presidente, os eleitores escolherão ainda 90 deputados para a Assembleia Nacional e 20 para o Parlamento Centro-Americano.

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