Nos últimos anos, quadros superiores da Porsche referiram-se em diversas ocasiões à possibilidade de a marca alemã do Grupo Volkswagen vir a oferecer uma versão eléctrica ou electrificada do seu modelo mais emblemático, o 911. O responsável pela Investigação e Desenvolvimento da marca, Michael Steiner, afirmou que o pack de baterias tornaria o 911 demasiado pesado e que, apesar da plataforma actual permitir uma versão híbrida, os protótipos já construídos não são bons em matéria de peso, desaconselhando assim a sua passagem à produção.

Contudo, se a Porsche se transformou de um fabricante de desportivos em construtor de SUV, com os Macan e Cayenne a serem os modelos mais vendidos, a verdade é que o 911 já foi ultrapassado pelo Taycan, confirmando que há cada vez mais clientes sensíveis às vantagens desta nova tecnologia. Daí que, depois de mencionar o rol das desvantagens da electrificação – de momento, a concepção de um 911 exclusivamente eléctrico já foi admitida como possível, apesar de só em 2030 –, a Porsche parece finalmente apostada em electrificar o desportivo.

À publicação alemã Automobilwoche, o CEO da marca, Oliver Blume, confessou que a Porsche já está a testar um 911 híbrido no circuito do Nürburgring, que deverá oferecer 700 cv. Isto embora Michael Steiner tenha reconhecido que a electrificação do modelo deverá levar o peso aumentar cerca de 100 kg. A tecnologia está a ser testada num protótipo que tem como base um 911 Turbo, que instala as pequenas baterias entre os bancos e o motor.

Oliver Blume faz ainda questão de assegurar que a electrificação a utilizar no 911 será apenas híbrida, e não híbrida plug-in, o que obriga a baterias de maiores dimensões para reduzir de forma mais palpável as emissões de CO2. Contudo, o CEO avançou que a solução foi herdada da competição, similar pois à que a Porsche utilizava no 919 Hybrid que disputava provas como as 24 Horas de Le Mans.

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