A Polónia anunciou esta segunda-feira que vai começar a construir um muro na fronteira com a Bielorrússia até dezembro. Como escreveu no Twitter Mariusz Kamiński, ministro do interior polaco, o projeto vai arrancar “ainda este ano”. Os contratos para construção do muro serão assinados até 15 de dezembro.
Budowa zapory na granicy rozpocznie się jeszcze w tym roku. Prace będą prowadzone równolegle przez różne firmy na czterech odcinkach, 24 godziny na dobę w trybie trzyzmianowym. To główne rekomendacje po dzisiejszym posiedzeniu zespołu międzyresortowego ds. budowy zapory.
— Mariusz Kamiński (@Kaminski_M_) November 15, 2021
Na mesma publicação, o governante escreveu que “as obras serão realizadas em simultâneo por várias empresas em quatro troços, 24 horas por dia em três turnos”. Estas declarações surgem cerca de duas semanas depois de o parlamento polaco ter aprovado a construção deste muro que terá 180 quilómetros e que custará cerca de 353 milhões de euros.
“O projeto que precisamos de concretizar é um investimento absolutamente estratégico e prioritário para a segurança da nação e dos seus cidadãos”, disse o ministro do Interior, Mariusz Kaminski.
Atualmente, milhares de migrantes tentam atravessar a fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia. Segundo a União Europeia, Minsk está a criar uma crise migratória artificial como reação às sanções impostas pela União Europeia.
Lukashenko “não quer” conflitos na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia
Desde o verão, milhares de migrantes, na sua maioria oriundos do Médio Oriente, atravessaram ou tentaram atravessar a fronteira da Bielorrússia para a Polónia, num movimento que a União Europeia acusa Minsk de fomentar.
Foi neste contexto que hoje os Presidentes dos três Estados bálticos – Letónia, Lituânia e Estónia – anunciaram que apoiarão Varsóvia se esta decidir invocar o artigo 4.º da NATO em relação à “guerra híbrida” que dizem que a Bielorrússia está a travar enviando migrantes para as fronteiras da Polónia, mas também da Lituânia e Letónia.
O que está a acontecer na fronteira com a Bielorrússia “não é uma crise de refugiados como a de 2015, mas um ataque híbrido”, afirmou o Presidente letão, Egils Levits, numa conferência de imprensa conjunta em Vílnius.
*Artigo atualizado às 19h28 com mais informações.