O chefe da diplomacia da Grécia designou esta sexta-feira a vizinha Turquia de “denominador comum” das ameaças na região, incluindo a utilização de migrantes como uma forma de exercer pressão geopolítica.

Nikos Dendias acusou a Bielorrússia de imitar as táticas utilizadas por Ancara em 2020 quando a tensão se agravou na fronteira terrestre greco-turca na sequência da concentração de milhares de migrantes e requerentes de asilo.

“Infelizmente, o denominador comum dos desafios que enfrentamos na região (…) é a nossa vizinha Turquia”, disse Dendias no decurso de um encontro em Atenas com os seus homólogos de França, Egito e Chipre, Jean-Yves Le Drian, Sameh Shoukry e Nikos Christodoulides.

A Grécia e a Turquia promoveram em janeiro, pela primeira vez em cinco anos, conversações diplomáticas de alto nível com o objetivo de desanuviar a tensão em torno das persistentes disputas fronteiriças no Mar Egeu e no Mediterrâneo oriental. Em paralelo, o Governo conservador da Grécia anunciou um avultado programa de modernização militar que inclui a compra à França e Estados Unidos de navios de guerra e aviões de combate.

A Turquia considera que tem sido injustamente excluída do acesso aos recursos de hidrocarbonetos no Mediterrâneo, e negou envolvimento no massivo afluxo de migrantes em direção à fronteira com a Grécia registado em 2020.

O Egito e a França têm fornecido à Grécia todo o apoio político e diplomático nas suas disputas com a Turquia.

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