A Comissão Regional do PS/Açores aprovou este sábado Francisco César como cabeça-de-lista às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, seguindo-se, em lugares elegíveis, Sérgio Ávila, Isabel Rodrigues, João Castro e Cláudia Viegas Cabrita.

A informação foi adiantada aos jornalistas, no fim da reunião daquele órgão máximo entre congressos regionais, pelo presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, de acordo com quem os votos favoráveis à lista que recebeu luz verde “excederam os 85%”.

“Trata-se de uma maioria robusta clara. É uma lista com reforçada capacidade de influência e intervenção política e conhecimento profundo dos interesses regionais”, afirmou o líder regional socialista.

A lista que os socialistas açorianos vão apresentar nas eleições legislativas nacionais para a Assembleia da República inclui, como suplentes, Henrique Couto Melo (ilha de Santa Maria), Carla Nóia (Flores), André Fernandes (São Jorge), Ana Sofia Ambrósio (Corvo) e Cláudia Vieira da Silva (Graciosa).

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Já Francisco César, pertence ao secretariado de Ilha de São Miguel e Sérgio Ávila ao da Terceira.

Francisco César, atualmente deputado no parlamento açoriano, foi líder do secretariado de Ilha de São Miguel do PS-Açores até abril e liderou a bancada parlamentar do PS na Assembleia Regional.

Sérgio Ávila foi vice-presidente do Governo Regional dos Açores.

Isabel Rodrigues pertence, também, a São Miguel e João Castro ao Faial, explicou Vasco Cordeiro.

“É uma lista que serve o melhor para os Açores. Todas as ilhas estão representadas e há total paridade: cinco homens e cinco mulheres. A média de idades ronda os 40 anos e [os candidatos] conciliam juventude com capacidade de influência política para defender os interesses dos Açores”, observou.

De acordo com o líder regional, da reunião da Comissão Política Regional saiu uma “posição unânime do PS” relativamente “à importância das eleições legislativas para os Açores”, bem como para “reforçar um conjunto de qualidades para a defesa dos interesses” da região.

“Um dos fatores que distingue a candidatura do PS da que foi apresentada pelos partidos que compõem o Governo Regional [PSD/CDS-PP/PPM] é que eles se candidatam às legislativas juntos para reforçar a coesão entre os partidos. Para o PS, as legislativas são uma oportunidade para reforçar os interesses dos Açores na Assembleia da República”.

O líder socialista regional considera que a candidatura do PS representa um “conhecimento profundo e aprofundado da defesa dos Açores”.

Quanto à candidatura, apresentada na sexta-feira, da coligação formada pelos partidos que compõem o executivo regional, Vasco Cordeiro refere que a “comprovada inabilidade” do atual Governo Regional “está a deixar os Açores para trás”.

Para Vasco Cordeiro, numa altura em que os Açores “perderam fundos para reparar os danos provocados pelo furacão Lorenzo”, que passou pela região em 2019, é “com um reforço da representação na Assembleia da República” que se consegue “defender os interesses dos Açores”.

Neste momento, são deputados pelo círculo eleitoral dos Açores à Assembleia da República, Isabel Rodrigues, por São Miguel, Lara Martinho, pela ilha Terceira, e João Casto, pela ilha do Faial.

Questionado sobre a não inclusão de Lara Martinho na atual lista, Vasco Cordeiro observou que “defender o interesse dos Açores não se faz apenas na Assembleia da República mas em muitas outras posições”.

Os partidos que integram o Governo dos Açores, PSD, CDS-PP e PPM, anunciaram na sexta-feira uma coligação pré-eleitoral, designada por Aliança Democrática, que vai concorrer às eleições legislativas de 30 de janeiro pelo círculo da região.

Aqueles partidos concorreram separados às legislativas regionais de 2020 mas assinaram um acordo de governação pós eleitoral, representando, juntos, 26 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, composta por 57 deputados.

Naquelas eleições, o PS elegeu 25 deputados.

Os Açores elegem cinco deputados para a Assembleia da República, sendo que nas últimas legislativas três foram eleitos pelo PS e dois pelo PSD.