As autoridades de saúde contabilizaram 12.943 novos casos nas últimas 24 horas, fazendo deste 24 de dezembro o segundo dia consecutivo com um número de novos infetados nos cinco dígitos; e a sexta-feira com mais casos desde o início da pandemia.

Mas os internamentos voltaram a diminuir: à meia-noite contabilizavam-se 864 pessoas internadas com Covid-19, menos 29 do que no dia anterior, fazendo recuar as hospitalizações para valores de agosto. Há mais um doente nos cuidados intensivos, avolumando o número para 149.

Segundo o relatório de situação da Direção-Geral da Saúde, o R(t) voltou a subir de 1,07 para 1,11 e a incidência também aumentou para 630,8 casos de infeção pelo coronavírus nas últimas duas semanas — na última atualização nem estava muito abaixo dos 600, em 579,3 casos a nível nacional.

A Covid-19 matou 11 pessoas entre a meia-noite e as 23h59 de quinta-feira, seis das quais na região Norte, duas no Centro, duas em Lisboa e Vale do Tejo e uma no Alentejo. A vítima mortal mais jovem é uma mulher na casa dos 40 anos, mas a maioria dos óbitos (seis) registaram-se entre os idosos a partir dos 80 anos.

As tabelas das autoridades de saúde revelam ainda a morte de um homem na faixa etária dos 50 anos, dois homens com 70 a 79 anos e uma mulher também com essa idade. Mas aquela que mais casos acumulou nas últimas 24 horas foi a dos 20 aos 29 anos, com 2.964 novos infetados.

Além desta faixa etária, há outras duas com um número de novos casos acima dos 2.000: a dos 40 aos 49 anos, com 2.250 novos casos; e a dos 30 aos 39 anos, com 2.275. Juntos, estes três grupos etários são responsáveis por mais de metade (57,9%) dos casos.

As faixas etárias em que a administração de doses de reforço está mais avançada, que são também as dos indivíduos mais velhos, são as que menos contribuíram para os números desta véspera de Natal: houve mais 145 infetados com 80 anos ou mais, 288 com 70 a 79 anos e 794 com 60 a 69 anos.

Metade das infeções detetadas nas últimas 24 horas foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, que tem 6.519 novos casos. Segue-se o Norte com 3.796 casos, o Centro com mais 1.527, depois a Madeira com 382 novos casos, o Algarve com mais 330, o Alentejo que registou 316 casos e os Açores com apenas 73.

Há 32 concelhos em Portugal no nível máximo, com mais de 960 casos por 100 mil habitantes: Alcobaça, Alfândega da Fé, Almodôvar, Anadia, Câmara de Lobos, Castro Marim, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Covilhã, Faro, Ferreira do Zêzere, Funchal, Fundão, Golegã, Guarda, Lisboa, Loulé, Machico, Monção, Nisa, Oeiras, Ourém, Ponte da Barca, Porto, Porto Santo, São Brás de Alportel, São João da Madeira, Sertã, Soure, Sousel, Tomar e Vila Nova de Paiva.

Os concelhos que, no outro lado do espetro, têm as incidências de casos por 100 mil habitantes mais baixas (até 59) são Arronches, Corvo, Freixo de Espada à Cinta, Fronteira, Mourão, Nordeste, Santa Marta de Penaguião, São Roque do Pico, Torre de Moncorvo, Velas e Viana do Castelo.

Nas últimas 24 horas registaram-se 5.628 recuperados da Covid-19 em Portugal, mas há mais 7.304 casos ativos da doença (elevando a métrica aos 91.947, o número mais alto desde fevereiro) e mais de seis mil pessoas em vigilância devido a contactos de risco.