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"Vergonhosa campanha negra de Costa vai dar em banhada", avisa Rio

Este artigo tem mais de 2 anos

Líder social-democrata aproveitou o Twitter e a incursão por Leiria para aconselhar Costa a deixar as "difamações". Rio sugeriu ainda que o PS está a puxar pelo Chega e apelou ao voto útil à direita.

ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma sessão de esclarecimentos em Leiria. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 26 de Janeiro de 2022, Leiria TOMÁS SILVA/OBSERVADOR
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"O é um dos grandes interessados em que o Chega tenha um grande resultado. É hipocrisia"

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

"O é um dos grandes interessados em que o Chega tenha um grande resultado. É hipocrisia"

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Estalou definitivamente o verniz entre Rui Rio e António Costa. A quatro dias das eleições legislativas, o social-democrata voltou a acusar o adversário de estar a conduzir um “campanha negra” que chega a roçar a “difamação”,” próximo de ser passível de processo-crime”.

Em causa está uma discussão entre António Costa e Rui Rio que se tem arrastado desde a pré-campanha sobre o salário mínimo nacional. O PS recuperou declarações de Rui Rio proferidas em 2020, quando o líder do PSD se manifestou contra a subida do salário mínimo no ano de 2021 e divulgou um “vídeo truncado” nas redes sociais — de resto, a 3 de janeiro, o Observador já tinha verificado a veracidade das declarações de António Costa e concluiu que elas eram enganadoras.

O décimo dia de campanha eleitoral acabou marcado pelo escalar da tensão entre os dois. Em duas publicações no Twitter, Rio acusou Costa de estar a ser “baixo”, a cometer uma “ataque difamatório próximo de ser passível de processo-crime” e a conduzir uma “vergonhosa campanha negra”.

[Pode ouvir aqui a reportagem da Rádio Observador com a campanha do PSD]

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“Não vai morrer ninguém”, mas Rio lembra-se de uma “banhada”

Já em Leiria, em declarações aos jornalistas, exigiu de novo elevação a António Costa. “Lembro-me das eleições de 1980, eu ainda era jovem, e o PS, que liderava uma coligação que era a Frente Revolucionária Socialista, seguiu justamente esse caminho: difamação atrás de difamação atrás de difamação, na altura do PSD e da Aliança Democrática lideradas por Sá Carneiro. Bom, levaram uma banhada. O PS está a fazer uma campanha como se isto fosse de vida ou de morte. O pior que pode acontecer é perder, e perder não é morrer.”

“Não sei se aqui não vão perder por causa disso, mas eu acho que eles não conseguem enganar completamente o eleitorado, pelo menos as pessoas mais inteligentes do eleitorado não são enganadas com isto de certeza, só aqueles mais distraídos é que se deixam enganar por uma coisa destas. E lamento.”

O líder social-democrata foi desafiado a falar mais uma vez sobre eventuais acordos com o Chega, depois de António Costa ter voltado a dizer que Rio está “refém da extrema-direita” para governar. “Quantos mais votos houver no Chega mais facilmente António Costa continua como primeiro-ministro. É um dos grandes interessados em que o Chega tenha um grande resultado. É hipocrisia”, despachou Rio.

“O Chega diz que só há acordo com o PSD se tiver ministros. Isso é absolutamente impossível. Não há outra conversa. Quando o PS diz que preciso dos votos do Chega para aprovar, por exemplo, um Orçamento, então o PS também precisa dos votos do Chega para derrotar um Orçamento meu.”

Na sessão de esclarecimento encerrou o dia de campanha de Rio, o social-democrata aproveitou o tema para denunciar, novamente, a falta de ética de António Costa. “Os homens de marketing disseram a António Costa que a forma mais eficaz de lá chegar é deturpar e criar a confusão. Compreendo a racionalidade disto; não compreendo isto no plano ético. Mesmo que os homens de marketing me dissessem isso, recusava-me a fazer o que PS está a fazer. Assim, eu não fazia. Isto que vai acontecer no domingo não é de vida ou de morte. Podemos ser democratas, não vai morrer ninguém.”

Ao lado de Paulo Mota Pinto e de Henrique Neto, com António Leitão Amaro, ex-deputado e crítico interno de Rio na plateia, Rio foi ainda mais longe no apelo ao voto útil à direita, ideia que tem vindo a recuperar nos últimos dias. “Daqui até domingo, as pessoas que ainda não decidiram, ou então que já decidiram e não tinham reparado neste ponto, têm de voltar a refletir um bocadinho para saber o que é que colocam em primeiro lugar: tirar o PS ou eleger mais um deputado de um partido pequeno que não tenha deputado nenhum ou que eventualmente possa ter um e queira ter um ou dois ou três”, começou por dizer.

“Para aqueles para quem a prioridade é que o doutor António Costa e o PS não continuem a chefiar o Governo do país só há um voto verdadeiramente útil para esse efeito concreto, que é no único partido que tem força para que isso possa acontecer, que é o PSD”, rematou.

epa09710970 The President of the Social Democratic Party (PSD), Rui Rio (C), takes part in a rally as part of the election campaign for the 2022 Legislative Elections, in Leiria, Portugal, 26 January 2022. On 30 January more than 10 million voters living in Portugal and abroad will be registered on the electoral rolls for the choice of 230 deputies to the Portuguese Parliament.  EPA/MARIO CRUZ ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma arruada em Leiria. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 26 de Janeiro de 2022, Leiria TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

MARIO CRUZ/EPA

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