A floresta da Amazónia registou um aumento de 57% de destruição, entre agosto de 2018 e julho de 2021, em relação ao período homólogo anterior. O levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazónia (IPAM), citado pela Globo, aponta o enfraquecimento da fiscalização, a falta de punição dos crimes ambientais e a redução das ações de combate e controlo de atividades ilegais na região como causas do avanço, sem precedentes, do desmatamento na maior floresta do mundo.

De acordo com a pesquisa, parte da devastação está concentrada à volta das duas estradas federais que cortam o norte do estado do Mato Grosso e o oeste do Pará. Mais de metade das terras destruídas, 51%, é detida pelo Estado brasileiro.

Em terras indígenas, o desmatamento atingiu uma área de 1.255 km², num aumento de 153%, em três anos. “Estamos subindo degraus rápido demais quanto à destruição da Amazónia. Quando olhamos para os números dos últimos três anos, fica claro o retrocesso daquilo que o Brasil foi um dia. Seguimos um caminho totalmente oposto às atitudes que o planeta precisa, com urgência, neste momento”, alerta Ane Alencar, diretora de ciência no IPAM e principal autora do estudo.

Sem estratégias regionais robustas “integradas em planos estaduais de prevenção e controlo do desmatamento”, os ambientalistas estimam que o fenómeno continue a aumentar. Mais ainda se o Congresso brasileiro aprovar os projetos de lei que visam não só regularizar a exploração mineral em terras indígenas, como nas áreas onde já não restam árvores, apontam os ambientalistas.

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