O regresso está marcado: Novak Djokovic vai voltar à competição na próxima semana no ATP 500 do Dubai, que arranca a 21 de fevereiro. O tenista sérvio vai fazer o primeiro jogo do ano — e o primeiro jogo desde a polémica deportação na antecâmara do Open da Austrália — num torneio que já conquistou em cinco ocasiões.

Djokovic não compete desde o início de dezembro, quando esteve na Taça Davis, e vai coincidir no Dubai com Aslan Karatsev, Andrey Rublev, Félix Auger-Aliassime e Jannik Sinner. Também Andy Murray, que aceitou um wildcard oferecido pela organização do ATP 500, estará no torneio. Nos últimos dias, o diretor do torneio garantiu que “não existem preocupações” sobre o facto de o sérvio não estar vacinado contra a Covid-19.

Djokovic não quer mesmo vacinar-se — e está disposto a falhar torneios internacionais de ténis

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“Temos de ser otimistas. O Dubai é uma cidade otimista. O melhor é pensar sempre no futuro e ser otimista. Acho que é ótimo ter Djokovic de volta. Eu sei que o mundo inteiro tem estado contra ele mas, no fim do dia, é o número 1 do mundo e é um antigo campeão aqui no Dubai. Não temos preocupações quanto à vacinação porque a coisa mais importante para nós é que siga as orientações governamentais e os protocolos. Aqui, não é necessário estar vacinado para entrar no país. Desde que ele faça os testes PCR exigidos e esses testes estejam negativos, pode entrar”, explicou Salah Tahlak.

De recordar que Novak Djokovic quebrou o silêncio na passada terça-feira para garantir que está disposto a falhar Roland Garros, Wimbledon e US Open se, para participar, tiver mesmo de aceitar ser vacinado. “Sim, esse é o preço que estou disposto a pagar. Nunca fui contra a vacinação mas sempre apoiei a liberdade de escolher o que colocamos no nosso corpo. Os princípios da tomada de decisão sobre o meu corpo são mais importantes do que qualquer títulos ou qualquer outra coisa. Estou a tentar, tanto quando possível, estar em sintonia com o meu corpo”, disse o tenista numa entrevista à BBC, a primeira desde que foi deportado da Austrália antes do primeiro Grand Slam do ano, em Melbourne.

Agora, acabou: Djokovic foi deportado, está fora do Open da Austrália e seguiu para o Dubai antes do arranque do torneio

De recordar que, na Austrália, Rafa Nadal venceu Daniil Medvedev na final e chegou aos 21 Grand Slams, superando Djokovic e Roger Federer, ambos com 20. Se realmente falhar Roland Garros, Wimbledon e o US Open, o tenista sérvio perde três oportunidades para voltar a apanhar o espanhol.