A Rússia encerra o seu espaço aéreo às companhias aéreas britânicas a partir desta sexta-feira, em resposta a uma medida semelhante tomada por Londres, informou a Agência Federal de Transporte Aéreo.

A agência, em comunicado, explicou que esta sexta-feira “foi introduzida uma restrição à utilização do espaço aéreo da Federação Russa para voos de aeronaves pertencentes, arrendadas ou operadas por uma pessoa associada ao Reino Unido ou registada no Reino Unido, para voos para o território da Federação Russa, incluindo voos de trânsito através do espaço aéreo da Federação Russa”.

Essa medida, segundo o comunicado foi tomada de acordo com as disposições do Acordo Intergovernamental sobre Serviços Aéreos entre a Rússia e o Reino Unido “como resposta a decisões hostis” das Autoridades de Aviação do Reino Unido relacionadas com a restrição de voos regulares de aeronaves russas.

A Agência Federal de Transporte Aéreo, quinta-feira, informou ter enviado na quinta-feira uma proposta a Londres para consulta, relacionada com os voos entre os dois países, de acordo com as normas do direito internacional.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta manhã, foi recebida uma resposta negativa dos colegas do Reino Unido. Esta é a base para a adoção pela Rússia de medidas espelho (…) para cumprir o princípio da paridade e igualdade de direitos das companhias aéreas”, justifica

Em resultado da medida britânica, a companhia aérea russa Aeroflot suspendeu todos os voos para Londres e Dublin até 23 de maio, segundo a agência Interfax.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.