O grupo da Iniciativa Liberal (IL) na Assembleia Municipal de Lisboa propôs esta segunda-feira a alteração do nome da rua que circunda a embaixada russa na capital portuguesa, para que passe a ter a designação de Rua da Ucrânia.

A proposta da IL de homenagem ao povo ucraniano vai ser discutida e votada na próxima reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, agendada para terça-feira, em que consta também da ordem do dia uma recomendação do Bloco de Esquerda (BE) de “solidariedade com o povo ucraniano, pela implementação urgente de medidas para apoio e receção a pessoas refugiadas e de sanções contra a oligarquia russa”.

Além das iniciativas da IL e do BE, os deputados municipais vão apreciar oito votos relativos à situação de guerra, inclusive três de condenação pela invasão da Ucrânia pela Rússia, apresentados por PS, MPT e IL, em que consideram a invasão “uma agressão injustificável”, repudiam a ação militar russa “enquanto violação do Direito Internacional e ameaça à segurança global”, e defendem a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.

Entre as iniciativas estão também três votos de pesar pelas vítimas da intervenção militar da Rússia na Ucrânia, propostos por PS, PAN e Chega, e ainda um voto de solidariedade pela Ucrânia, do PSD, e um voto de saudação de Lisboa solidária com a Ucrânia, do CDS-PP.

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Se for aprovada, a proposta da IL passa por “recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que desencadeie o processo com vista à alteração do nome da rua que circunda a embaixada russa em Lisboa, passando a apelidá-la de: Rua da Ucrânia”.

Já a recomendação do BE pretende que a Câmara Municipal colabore para a reunificação familiar das pessoas já residentes no concelho de Lisboa, “aquando do processo já anunciado de acolhimento de refugiados” e que “se disponibilize para receber pessoas perseguidas pelo regime da Federação Russa por serem opositores à guerra”.

No texto, o BE pede ainda que a autarquia inste o Governo português a aplicar sanções efetivas à oligarquia russa, revogando e suspendendo a atribuição de ‘vistos gold’ e congelando e expropriando os bens que detêm em território nacional.

No mandato 2021-2025 existem 13 grupos municipais que integram este órgão deliberativo da cidade de Lisboa, respetivamente do PS (27 deputados), PSD (17), CDS-PP (sete), PCP (cinco), BE (quatro), IL (três), Chega (três), PEV (dois), PAN (um), Livre (um), PPM (um), MPT (um) e Aliança (um), e dois deputados independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), num total de 75 eleitos.