A invasão russa da Ucrânia já provocou pelo menos 1.189 mortos e 1.901 feridos entre a população civil, a maioria dos quais vítimas de armamento explosivo de grande impacto, indicou esta quarta-feira a ONU.

No seu relatório diário de vítimas civis confirmadas desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24h00 de terça-feira (hora local), 108 crianças entre os mortos e 142 entre os feridos.

A Alto-Comissariado da ONU acredita que estes dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.

O ACNUDH refere ainda que “a maioria das baixas civis foi causada pela utilização de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de “rockets” e por ataques aéreos e de mísseis”.

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A guerra na Ucrânia, que entrou esta quarta-feira no 35.º dia, já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais mais de quatro milhões para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.