A Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) apelou esta terça-feira ao novo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, para que a aplicação das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) seja acelerada.

Em comunicado, a APCRI afirma que já pediu uma audiência ao ministro da Economia e do Mar, defendendo que é necessário relançar os grupos de trabalho entre a associação e o Governo “para desenhar soluções que aumentem a capitalização das empresas”.

“A APCRI apela ao novo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, para que os programas de mobilização de capital privado na economia portuguesa ao lado das verbas europeias do PRR, lançados pelo anterior governo, sejam acelerados e colocados no terreno”, pode ler-se no documento.

Segundo a associação, “a indefinição política dos últimos meses atrasou o funcionamento em pleno de instrumentos do Banco Português de Fomento para consolidar e regenerar PME portuguesas que precisam de capital e de melhor gestão para ganharem escala e concorrerem no mercado global”.

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O presidente da APCRI, Luís Santos, refere que a APCRI “assumiu um compromisso de “cooperação estreita” com o Ministério da Economia na anterior legislatura” com vista a aumentar a capitalização das empresas através das verbas do PRR.

Essa cooperação “incluía a participação da APCRI em grupos de trabalho para criar incentivos à participação de investidores em fundos de capital de risco portugueses e à criação de fundos focados em Portugal”, afirma Luís Santos Carvalho, citado no comunicado.

“Esse trabalho foi interrompido e, agora, é necessário relançá-lo, reforça o líder da APCRI.

A associação que representa os setores de “private equity”, “venture capital”, capital de risco e capital semente em Portugal quer também apresentar ao novo titular da pasta da Economia e do Mar o estudo “Análise da Indústria do Capital de Risco em Portugal” concluído pelo ISCTE em outubro.

Segundo a APCRI, o estudo “mostra a capacidade que o setor tem de mobilizar capital privado para investir em empresas, atingindo notáveis taxas de rentabilidade e um alto nível de pagamento de impostos”.