A ministra da Agricultura reclamou esta quinta-feira, no Luxemburgo, a adoção de uma “medida excecional de crise” para apoiar os agricultores, com a mobilização do fundo de desenvolvimento rural, face à crise vivida pelo setor.

A governante esteve esta quinta-feria presente no Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas (Agrifish), no qual se discutiram temas como a segurança alimentar, resiliência dos sistemas alimentares e o mercado europeu dos produtos agrícolas.

Durante a sua intervenção, Maria do Céu Antunes defendeu “uma medida excecional de crise, que envolva a mobilização de dotações do fundo de desenvolvimento rural — FEADER”, conforme apontou, em comunicado, o Ministério da Agricultura.

Esta proposta foi apresentada no Agrifish por 13 Estados-membros.

A titular da pasta da Agricultura e Alimentação recordou a crise de mercado no setor agroalimentar, face à escalada do preço das matérias-primas e dos fatores de produção, “como é o caso da energia e das rações, agravado pelo efeito da seca e, agora, pela guerra na Ucrânia”.

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Neste sentido, destacou a necessidade da adoção de “medidas rápidas e consequentes”, que assegurem a segurança alimentar ao nível da União Europeia.

Por outro lado, alertou para os possíveis efeitos negativos na produção, uma vez que as sementeiras de primavera-verão podem, face à incerteza da conjuntura, ver reduzida a área semeada.

Segundo a mesma nota, apesar da resposta da União Europeia, as medidas apresentadas para mitigar o impacto do aumento dos custos dos fatores de produção são “desequilibradas, insuficientes e incompletas”.

O Ministério da Agricultura adiantou também que o comissário europeu responsável por esta pasta, Janusz Wojciechowski, comprometeu-se a apresentar uma proposta para a criação da medida excecional de crise.