O Japão revogou formalmente, esta quarta-feira, o estatuto de “nação mais favorecida” da Rússia por causa da invasão da Ucrânia, numa altura em que Tóquio tem intensificado as sanções contra Moscovo.

A penalização inerente ao estatuto de “nação mais favorecida” é a última medida de Tóquio contra Moscovo e estava incluída na lista das sanções defendidas pelo primeiro-ministro, Fumio Kishida, no final do mês de março.

Outra das medidas foi a expulsão de oito diplomatas, incluindo responsáveis comerciais, da embaixada da Rússia que abandonaram quarta-feira a capital japonesa.

A revogação do estatuto de “nação mais favorecida” aprovada pelo Parlamento, esta quarta-feira, combinada com outras sanções internacionais pode intensificar a pressão contra a Rússia, mas também pode suscitar uma resposta por parte do Kremlin.

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A mudança relativa aquele estatuto tem efeitos diretos na aplicação de tarifas às importações russas, permitindo a Tóquio impor taxas a vários produtos.

A mesma medida foi decidida pelos Estados Unidos e outros países do G7.

A decisão do parlamento também inclui a revisão da legislação sobre trocas comerciais que restringem igualmente a transferência de moedas virtuais detidas por entidades (russas) que viram os bens congelados no Japão.

O Japão está a assumir um papel mais ativo no esforço internacional contra a Rússia também devido a preocupações com o impacto da invasão no leste da Ásia, onde as forças armadas da China se tornaram cada vez mais assertivas, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.

O governo de Tóquio congelou bens de centenas de cidadãos russos e empresas da Rússia, tendo proibido novos investimentos e transações comerciais incluindo a exportação de bens que podem ser usados para fins militares.

Por outro lado, o Japão tem sido alvo de represálias por parte do Kremlin.